Poupança tem captação recorde no ano de R$ 18,9 bi

Os depósitos superaram os saques na caderneta de poupança em R$ 5,625 bilhões em maio, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). O resultado é inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando a captação líquida foi de R$ 6,262 bilhões, a maior para meses de maio na série histórica do BC, com início em 1995.

A captação de maio é a segunda maior em 2013, inferior apenas à de março (R$ 5,960 bilhões).

No acumulado do ano, a captação líquida da poupança soma R$ 18,922 bilhões, o maior resultado para o período da série histórica, superando a captação alcançada no mesmo período do ano passado (R$ 10,369 bilhões).

As instituições financeiras que aplicam os recursos da caderneta em crédito imobiliário tiveram em maio captação líquida de R$ 4,205 bilhões. Já a captação líquida dos bancos que destinam dinheiro ao crédito rural ficou positiv a em R$ 1,419 bilhão.

Considerando os rendimentos de R$ 2,297 bilhões em maio, as cadernetas alcançaram patrimônio total de R$ 526,648 bilhões.

Os recordes registrados pela poupança acontecem mesmo após o governo atrelar os juros da caderneta à taxa básica de juros (Selic), em maio do ano passado, para evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade em função da queda do juro básico. Os recursos depositados a partir de 4 de maio de 2012 rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial (atualmente zerada).

Com a Selic atualmente em 8% ao ano, isso equivale a rendimento de 0,4551% ao mês. Mesmo que a Selic mude ao longo do período mensal considerado, a taxa aplicável é a vigente na data em que se deposita. Para depósitos anteriores a 3 de maio de 2012, a remuneração continua sendo de 6,17% ao ano mais TR, o que representa 0,5% ao mês.

Embora com remuneração menor, a poupança ainda continua atrativa porque é isenta de tributos e não cobra taxas de administração.

Fonte: Valor Econômico