Jô Moraes assume bancada feminina com apresentação de projetos 

“Um ato solene de reafirmação dos direitos constitucionais das mulheres brasileiras”. Assim será a sessão de posse da Coordenadoria da Mulher da Câmara dos Deputados, segundo anunciou, nesta quarta-feira (12), da tribuna da Casa, a deputada, Jô Moraes (PCdoB-MG-foto). Ela assume o cargo de coordenadora da bancada feminina na próxima quarta-feira (19), quando apresentará os projetos de interesse das mulheres.  

Coordenadora da bancada que reúne 46 parlamentares do total de 513 deputados federais, Jô Moraes, disse que “neste ano, em que comemoramos os 25 anos da Constituição da República, é preciso que levantemos bem alto que as mulheres têm necessidade de assegurar direitos. E o seu primeiro direito é o direito de participar da vida política brasileira”.

E anunciou que durante o ato de posse, a bancada vai apresentar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde será realizado o evento, os projetos de interesse das mulheres. Entre eles está a proposta de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que assegura a presença das mulheres na Mesa Diretora, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

“Não é possível que, ampliando tanta presença e tanto espaço, nós não cheguemos a ter o mínimo de lugar numa cadeira nesta simbólica Mesa”, disse Jô Moraes.

Outras demandas

As outras demandas da bancada feminina dizem respeito ao combate aos crimes sexuais contra mulheres; ampliação de recursos na lei orçamentária para dar efetividade aos programas destinados às mulheres; assegurar o conjunto de programas de prevenção ao câncer de mama e de inclusão da mulher no desenvolvimento do país com a implementação dos programas sociais.

“Quero registrar que a bancada feminina inicia o seu trabalho com uma reunião que define questões fundamentais. Nós estamos vivendo um momento de crescimento acelerado dos crimes sexuais contra as mulheres. É um crescimento que necessita de uma resposta de todas nós”, destacou a parlamentar.

Ela anunciou ainda a elaboração de uma carta pública dirigida ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao sistema de segurança e aos governadores, protestando e alertando para a escalada de violência contra a mulher. “Estamos vivendo uma onda de estupro que deve ser contida”, afirma Jô Moraes.

Da Redação em Brasília