Jô Moraes assume bancada feminina com apresentação de projetos
“Um ato solene de reafirmação dos direitos constitucionais das mulheres brasileiras”. Assim será a sessão de posse da Coordenadoria da Mulher da Câmara dos Deputados, segundo anunciou, nesta quarta-feira (12), da tribuna da Casa, a deputada, Jô Moraes (PCdoB-MG-foto). Ela assume o cargo de coordenadora da bancada feminina na próxima quarta-feira (19), quando apresentará os projetos de interesse das mulheres.
Publicado 13/06/2013 17:09
Coordenadora da bancada que reúne 46 parlamentares do total de 513 deputados federais, Jô Moraes, disse que “neste ano, em que comemoramos os 25 anos da Constituição da República, é preciso que levantemos bem alto que as mulheres têm necessidade de assegurar direitos. E o seu primeiro direito é o direito de participar da vida política brasileira”.
E anunciou que durante o ato de posse, a bancada vai apresentar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde será realizado o evento, os projetos de interesse das mulheres. Entre eles está a proposta de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que assegura a presença das mulheres na Mesa Diretora, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
“Não é possível que, ampliando tanta presença e tanto espaço, nós não cheguemos a ter o mínimo de lugar numa cadeira nesta simbólica Mesa”, disse Jô Moraes.
Outras demandas
As outras demandas da bancada feminina dizem respeito ao combate aos crimes sexuais contra mulheres; ampliação de recursos na lei orçamentária para dar efetividade aos programas destinados às mulheres; assegurar o conjunto de programas de prevenção ao câncer de mama e de inclusão da mulher no desenvolvimento do país com a implementação dos programas sociais.
“Quero registrar que a bancada feminina inicia o seu trabalho com uma reunião que define questões fundamentais. Nós estamos vivendo um momento de crescimento acelerado dos crimes sexuais contra as mulheres. É um crescimento que necessita de uma resposta de todas nós”, destacou a parlamentar.
Ela anunciou ainda a elaboração de uma carta pública dirigida ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao sistema de segurança e aos governadores, protestando e alertando para a escalada de violência contra a mulher. “Estamos vivendo uma onda de estupro que deve ser contida”, afirma Jô Moraes.
Da Redação em Brasília