Ministra defende espaço para as memórias da Guerrilha do Araguaia
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, recebeu na manhã desta quarta-feira (19), em Brasília, o juiz José Barroso Filho, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça Militar da União. A pauta da audiência foi a importância da construção de um espaço de memória sobre a Guerrilha do Araguaia.
Publicado 19/06/2013 16:38
"A história não fica só no passado, precisamos prestar contas aos familiares dos combatentes desaparecidos e estar abertos para o presente e para o futuro", declarou o juiz Barroso. Ele explicou que a intenção é criar na região um centro cultural para resgate da história com a efetiva participação da sociedade local, principalmente com os municípios de Xambioá, em Tocantins, e São Geraldo, no Pará.
Marta Suplicy concordou com a relevância de reunir no local a história desse período do Brasil. "Acho a ideia ótima, pois há um déficit de equipamentos culturais na região", declarou a ministra.
Os representantes do Instituo Brasileiro de Museus (Ibram) Eneida Braga e Angelo Oswaldo explicaram que a instituição oferece um apoio técnico para os primeiros estudos de viabilidade e de elaboração do projeto. Ângelo acrescentou que há também os editais para reforma, apoio técnico, renovação de museus que são realizados anualmente pelo Ibram.
Guerrilha do Araguaia
Foi um movimento que surgiu em oposição ao regime militar, no início da década de 1970, na região amazônica, às margens do Rio Araguaia. Tinha o objetivo de fomentar uma revolução socialista, inspirada nas vitórias de Cuba e da China. Até hoje, dezenas de militantes da guerrilha estão desaparecidos.
Há no Governo Federal um grupo de trabalho sobre o assunto, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e pelos Ministérios da Defesa e da Justiça. O Grupo de Trabalho Araguaia tem o objetivo de coordenar e executar as atividades necessárias para localizar, recolher e sistematizar todas as informações existentes e identificar os restos mortais das vítimas da guerrilha.
Fonte: Portal do MinC