Partidos defendem reforma política e medidas em saúde e educação

Diante da onda de manifestações que tomaram as ruas de várias cidades nas últimas semanas, representantes dos principais partidos politícos do paísconsideram que a aprovação de uma reforma política e a adoção de medidas para melhorar a mobilidade urbana, a saúde e a educação, principalmente, seriam uma resposta ao clamor popular.

Representantes de partidos políticos – PMDB, PCdoB, PDT, PP, Psol e PV  – disseram que os políticos precisam interpretar o clamor das ruas e promover mudanças.

Para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, os protestos revelaram o estresse da população dos grandes centros urbanos. Rabelo defendeu uma reforma urbana que inclua soluções principalmente para os problemas habitacionais e de mobilidade urbana.

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), defendeu a necessidade de mais agilidade nas ações do Executivo e do Legislativo. Para ele, a burocracia faz com que muitas políticas sociais demorem a sair do papel. “A reforma tributária nunca saiu do papel, e a população está cansada de pagar impostos e não ter retorno”, enfatizou.

Para o vice-presidente da Executiva Nacional do PDT, deputado André Figueiredo (CE), os partidos não podem deixar o movimento popular “cair no vazio. “Algo que precisa ser feito é uma reforma política, com novos parâmetros de representação popular, com democracia direta, realização de plebiscitos e referendos. Temos que aproveitar este momento e não deixar cair no vazio.”

O PV também enfatizou a necessidade de uma reforma política, parada no Congresso Nacional há mais de 20 anos. “Defendemos que o debate ocorra em uma constituinte específica que tenha partes deste movimento [popular] representadas”, disse o presidente do partido, José Luiz Penna (SP).

A população saiu às ruas para questionar “direitos que estão sendo negados”, ressaltou o presidente do Psol, deputado Ivan Valente (SP). “É preciso criar uma plataforma política de mudanças para garantir direitos sociais, mudanças estruturais que vão além da luta pela redução da tarifa. Precisamos de uma reforma política, democratização da política, fim do financiamento privado”, disse ele.

Com informações da Agência Brasil