No encontro com Dilma, centrais cobram mudança na economia

Representantes das centrais sindicais se reuniram, nesta quarta-feira (26), com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. O encontro faz parte da agenda da presidenta Dilma de contatos com a sociedade organizada para debater as propostas anunciadas na última segunda-feira (24). Os sindicalistas aproveitaram para apresentar a pauta de reivindicação deles incluindo as demandas da população como melhoria nos serviços de saúde, educação e transporte, além de mudanças na política econômica. 

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Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes (CTB), se o governo não alterar a política econômica, reduzindo o superávit primário, não terá recursos para investir nas áreas de saúde, educação e transporte. “Com os juros altos o governo não tem de onde tirar dinheiro para os investimentos”, avalia o líder sindicalista.

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Ele disse que a conversa não entrou nos detalhes da pauta de reivindicações e nem abordou a pauta trabalhista que está sendo negociada em outra instância do governo. “Debatemos as questões que a presidenta pautou como a reforma política e as questões de saúde, educação e transporte e a presidenta disse que está disposta a enfrentar essas questões”, contou Gomes.

Ele disse que as centrais sindicais concordam com a necessidade da reforma política e o enfrentamento das questão pautadas pela presidenta a partir das reivindicações das manifestações de rua ocorridas recentemente no país.
Participam da reunião representantes da CTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

Dia de Luta

O encontro com os sindicalistas ocorre um dia depois que as centrais também anunciaram a decisão de realizar uma manifestação para defender o fim do fator previdenciário, a revisão dos benefícios da aposentadoria, mais investimentos nas áreas da Saúde e Educação e o acesso mais fácil à presidente para futuras negociações.

As centrais sindicais marcaram para o dia 11 de julho uma greve geral em todo o País, numa onda de mobilização batizada pela categoria como "Dia de Luta". O objetivo é pressionar a presidente Dilma Rousseff a dar mais atenção à pauta trabalhista entregue ao governo em março deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião, realizada nesta terça-feira (25), com as lideranças dos sindicatos em São Paulo.

Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por mudanças.

Da Redação em Brasília