Via Campesina fecha rodovias no Pará

Os Movimentos Sociais que compõem a Via Campesina no Pará fecham rodovias em várias cidades do Estado, reafirmando sua pauta de reivindicação e se solidarizando às manifestações nacionais.

Altamira, Tucuruí, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Sapucaia e Marabá são as cidades em que rodovias são fechadas e há atos públicos. Além disso, os movimentos sociais constroem os atos nas cidades de Parauapebas, Marabá, Belém, Altamira e Tucuruí, juntando aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade por melhores condições de vida.

"É preciso continuar lutando para que os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sejam conquistados e que os camponeses, ribeirinhos, indígenas, povos do campo e da floresta sejam respeitados, bem como seus territórios", afirmam as lideranças locais.

Pauta de reivindicações da Via Campesina Pará

1- Reforma Agrária: imediata desapropriação das áreas onde estão acampadas as famílias de Sem Terras dos acampamentos João Canuto (Sapucaia); Frei Henry (Curionópolis); Dalcídio Jurandir e Lourival Santana (Eldorado dos Carajás); Helenira Resende (Marabá) e Roseli Nunes (Tucumã).

2- Programas que visem a produção de alimentos sadios e de baixo custo para a população, através do princípio da produção agroecológica;

3- Suspensão de todos os projetos da construção de novas barragens, nos Rios Tocantins, Araguaia, Xingu e Tapajós.

4- Pela garantia dos direitos dos atingidos por barragens, onde já foram construídas barragens, onde estão em construção e o direito da população em decidir a construção ou não de novos projetos.

5- Pela redução imediata das tarifas de energia, bem como, a imediata retomada da companhia de energia do Estado do Pará (CELPA/EQUATORIAL), priorizando serviços de melhor qualidade a população, acesso/preço e qualidade da energia, assim como, a suspensão imediata das demissões dos trabalhadores dessa empresa.

6- Pela implementação imediata de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e habitação, que visem o desenvolvimento econômico, humano e social das áreas de ocupações rurais, assentamentos, áreas de ribeirinhos, quilombolas, indígenas.

Contra o imperialismo, soberania popular na Amazônia!

Fonte: MAB