Protestos no Egito deixam 16 mortos e Mursi mantém-se no poder
Ao menos 16 pessoas perderam a vida e outras 200 ficaram feridas como consequência de um ataque perpetrado por homens desconhecidos contra os manifestantes pró e contra o governo do presidente Mohammed Mursi no Cairo, capital do Egito. O ataque foi realizado na noite desta terça-feira (2), na região da Universidade do Cairo, quando homens não identificados atacaram uma manifestação.
Publicado 03/07/2013 09:00
Mursi pediu ainda que o Exército retire o seu ultimato de 48 horas aos partidos políticos para que alcem um acordo que resolva a crise política no país, prazo que termina na tarde desta quarta (3).
tras oito que morreram na terça devido aos confrontos registrados entre partidários e opositores do governo de Mursi, na capital e na província de Giza.
Esta manifestação foi celebrada quando centenas de milhares de indignados encheram completamente a praça central de Tahrir, para forçar a demissão do presidente e a celebração de eleições antecipadas.
Na mesma jornada, o Exército egípcio (apenas um dia depois de lançar um ultimato de 48 horas pedindo que Mursi “respondesse à demanda popular”) elaborou o rascunho de um plano em que se prevê a suspensão da Constituição e a dissolução do atual Parlamento se o governo e a oposição não chegarem a um acordo.
Entretanto, no momento em que os protestos agravam-se no Egito a cada dia que passa, e quando vários funcionários e ministros do gabinete de Mursi renunciaram ao cargo (entre eles o chanceler egípcio, Mohamad Kamel Amr), o presidente egípcio defende a sua “legitimidade constitucional” e insiste em seguir mantendo o governo do país.
Por outro lado, uma pesquisa realizada pela empresa Baseera, para a emissora Al-Hayat, através de ligações telefônicas a 2009 egípcios de idades entre 20 e 23 anos demonstrou que 73% deles crê que Mursi não tenha tomado qualquer decisão positiva durante o seu primeiro ano de gestão.
Além disso, 63% dos entrevistados dizem que o seu nível de vida piorou no último ano, em comparação com os 13% que dizem que sua vida melhorou.
Da mesma forma, 70% dos egípcios acreditam que os problemas econômicos e de segurança pioraram, de acordo com uma enquete do Instituto Árabe Americano, divulgada na semana passada.
"Protegerei esta legitimidade com minha vida", disse Mursi em discurso formulado nesta terça, quando recordou que o povo o escolheu em "eleições livres e equitativas". O presidente disse ainda que, no ambiente de violência, apenas a legitimidade é a "única garantia contra o derramamento de sangue".
Mursi pediu ainda que o Exército retire o seu ultimato de 48 horas aos partidos políticos para que alcem um acordo que resolva a crise política no país, prazo que termina na tarde desta quarta (3).
"Protegerei esta legitimidade com minha vida", disse Mursi em discurso formulado nesta terça, quando recordou que o povo o escolheu em "eleições livres e equitativas". O presidente disse ainda que, no ambiente de violência, apenas a legitimidade é a "única garantia contra o derramamento de sangue".
Com HispanTV
Da redação do Vermelho