CTB fortalece unidade sindical durante 7º Congresso da Força

Começou nesta quarta-feira (24) o 7º Congresso Nacional da Força Sindical no município de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com outras centrais sindicais, participa do encontro para fortalecer a unidade sindical e a defesa das reivindicações para a classe trabalhadora.

Esta é uma semana decisiva para os dirigentes, que aguardam retorno do governo com relação à pauta unificada das centrais entregue à presidenta Dilma Rousseff, que participou da primeira rodada de negociação. Até agora, ocorreram três reuniões e outras três rodadas ainda estão previstas.

“Viemos aqui [em Praia Grande], com outras centrais sindicais, para poder colocarmos nosso ponto de vista sobre a situação vivida em nosso país atualmente e reforçar a unidade das centrais na defesa da pauta unificada em defesa dos trabalhadores”, declarou Wagner Gomes, presidente da CTB, ao Vermelho.

Durante o ato de abertura do encontro, o dirigente da CTB participou da mesa e fez uma saudação, em nome da CTB, aos sindicalistas presentes.

Já com relação à negociação com o governo, Wagner Gomes enfatizou que há um consenso entre os dirigentes das centrais de que, caso não haja avanço, os trabalhadores concretizarão a greve geral já anunciada.

“Nossa preocupação é fortalecer a unidade e irmos dessa forma para a mesa de negociação. A mobilização prevista para o dia 30 de agosto está mantida, caso não haja atendimento efetivo dos pontos reivindicados. Teremos ainda mais três rodadas de negociação nesses próximos dias e esperamos algo positivo”, contou o presidente cetebista.

Os pontos unificados pelas centrais, apresentados à presidenta Dilma, no dia 26 de junho, são: fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a Saúde; 10% do PIB para a Educação; redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; valorização das Aposentadorias; transporte público e de qualidade; reforma agrária; mudanças nos Leilões de Petróleo e rechaço ao PL 4330, sobre terceirização.

As reuniões estão ocorrendo em Brasília entre os dirigentes sindicais e ministro de estado como da Casa Civil, Gilberto carvalho, e do Trabalho, Manoel Dias, que também participou da abertura do congresso da Força Sindical.

Até sexta (26), quando termina o encontro, cerca de 4 mil dirigentes sindicais de todo o país discutirão ações, posicionamentos, estratégias no movimento sindical. Os temas centrais dos debates serão a garantia e ampliar de direitos, geração de empregos e promoção da cidadania.

Ao final, o Congresso também elegerá a nova diretoria da central para os próximos quatro anos.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, ressalta a importância do Congresso para a troca de informações, a aprovação das resoluções e para o fortalecimento da Central. “As resoluções, que deverão ser aprovadas, irão nortear nossa luta nos próximos anos. Somos uma Central de luta, que aponta caminhos para o desenvolvimento e não se nega a negociar, como ocorre nas grandes democracias”, afirma.

Deborah Moreira
Da redação do Vermelho