Batista convoca para apresentação das teses com Renato Rabelo

Em meio a uma conjuntura de manifestações e de maior discussão política no Brasil, o PCdoB já se mobiliza em torno das atividades para o 13° Congresso do Partido.

O presidente estadual do PCdoB no Rio de Janeiro, João Batista Lemos, falou sobre as mobilizações para o Congresso, sobre a importância da avaliação dos 10 anos de governo Lula/Dilma e do debate conjuntural; convocando a militância a participar da apresentação das teses e salientando a importância das assembleias de base e da mobilização dos municipais para o fortalecimento do 13° Congresso Comunista.

A apresentação das teses para o 13° Congresso do PCdoB, acontecerá na próxima segunda-feira, 12 de agosto, no auditório da Faculdade Nacional de Direito (FND-UFRJ), no centro da capital Fluminense, ao lado do Hospital Souza Aguiar.

Confira as declarações do presidente estadual do PCdoB-RJ, João Batista Lemos:


João Batista Lemos é presidente estadual do PCdoB-RJ

Esse ano marca 10 anos do governo Lula/Dilma, esse período será amplamente debatido no Congresso? Qual a importância da participação da militância comunista em todo esse processo congressual?
“Todo congresso do nosso partido tem um sentido histórico. Nesse 13° Congresso será o de avaliar os 10 anos de governo Lula, continuado por Dilma, que iniciou um ciclo de mudanças em nosso país. E essa avaliação ganha uma importância ainda maior, pelo fato de estar seguida dessas grandes mobilizações que abalaram as estruturas políticas desse país. O tema do nosso congresso é muito atual, muito contemporâneo. O congresso do PCdoB se organiza no curso dos acontecimentos políticos, por isso é importante saber avaliar esses 10 anos, quais foram os avanços, o legado desses 10 anos, como, por exemplo, tirar 40 milhões de pessoas de uma situação de miséria e colocar em uma situação de cidadania; a conquista de colocar 20 milhões de brasileiros no mercado formal de trabalho. A questão do fortalecimento do mercado interno, com uma política de valorização do salário mínimo; um legado fundamental desses governos. Vale à pena lembrar uma das coisas mais avançadas que foi o processo de integração da América Latina, quando em 2005 derrotamos o propósito da ALCA. Mas também, sabemos que existem problemas, e eles foram apontados nas ruas. Ainda temos entraves que impedem o desenvolvimento do país, que mesmo nos governos Lula e Dilma não foram enfrentados; que é o caso das reformas estruturais. A crise social no Brasil é uma crise estrutural e deve ser enfrentada como tal. As ruas clamaram por mais serviços públicos, mais Estado, mais democracia. Por tudo isso o PCdoB tem uma grande contribuição a dar nesse Congresso, será esse Congresso que vai decidir quais as bandeiras para avançar na democracia e no desenvolvimento do Brasil, desenvolvimento com progresso social, com universalização dos serviços públicos, das políticas públicas, da cultura; com ampliação dos direitos trabalhistas. A participação da militância no Congresso é fundamental para definirmos os rumos do nosso partido, para melhor intervir no curso dos acontecimentos em nosso país; em defesa de um projeto de nação rumo ao socialismo”.

Como está a mobilização em torno do Congresso, quais as próximas atividades?
As mobilizações para o Congresso estão acontecendo, estamos conclamando para que os municipais convoquem debates e já marquem as suas conferências e assembleias de base, para o partido se fortalecer nos municípios, isso é muito importante. Vamos ter agora, na próxima segunda dia 12, no auditório da FND, o lançamento público das teses do partido, com nosso presidente nacional Renato Rabelo. Esse momento será muito importante, estamos convidando a militância, as direções, amigos, intelectuais, lideranças sociais, para ouvir e debater de forma aberta as propostas e o conteúdo das teses do nosso congresso. Temos dois pontos fundamentais: a avaliação dos 10 anos, mas também a avaliação internacional. Precisamos analisar como anda essa situação em que estamos, diante de uma crise estrutural do sistema, de um mundo em transição, surgindo uma nova geopolítica com a ascensão da China e o descenso dos EUA. Tudo isso causa uma desestabilização a nível mundial, precisamos ver como isso repercute no Brasil. Qual a tendência desse conjuntura e qual o papel do Brasil nesse processo, a partir da integração da América Latina. É muito importante que a militância participe, quanto mais militantes mobilizados, mais conferências e assembleias de base, maior será a participação dos municipais na conferência estadual e maior será a influência dos municípios nos rumos do partido em nível estadual, e com uma grande conferência estadual maior será nossa influência nacionalmente. O congresso do partido é o maior momento de democracia e de construção coletiva das nossas orientações em nível nacional e em nosso estado. Convocamos toda militância a comparecer no dia 12”, finaliza o líder comunista.