Flávio Dino propõe Campanha de Produção para combater déficit

 Déficit na balança comercial divulgado pelo Imesc preocupa. Em 2013, Maranhão deve bater recorde histórico na diferença entre exportações e importações

Flávio Dino em entrevista

O Maranhão bate mais um recorde histórico. Desta vez, é o déficit na balança comercial do estado que em 2013 será o maior de todos os tempos. Quem diz é o próprio relatório feito pelo governo do estado, na Nota Conjuntural emitida pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), órgão do governo do estado responsável por fazer avaliações bimestrais da situação financeira do estado.

Segundo a nota do Imesc, “A corrente de comércio exterior do Maranhão registrou crescimento de 4,5% no 1º semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As importações maranhenses alcançaram US$ 4,2 bilhões, crescimento de 14,0% em relação a 2012. Porém, as exportações registraram queda de 19,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, somando US$ 1,1 bilhão entre janeiro e junho de 2013”.

O próprio instituto diz que a situação é preocupante, pois trata-se de um recorde histórico que demonstra a baixa produção na indústria maranhense. A queda, segundo o Imesc, deve-se à baixa na exportação de ferro em relação aos anos anteriores.

Mas a baixa nas exportações acontece também durante o ano de 2013, entre janeiro e julho deste ano, houve queda nas exportações de 42,1% no primeiro semestre deste ano. Isto quer dizer que o Maranhão gasta muito mais com os produtos vindos de outras regiões e não consegue compensar esses gastos com as vendas para outros locais.

A nota conjuntural divulgada pelo Imesc (disponível no site do instituto) foi, inclusive, comentada por Flávio Dino, via Facebook na tarde desta segunda.

“Isso mostra a urgência de uma CAMPANHA DA PRODUÇÃO no nosso Estado, que estruture cadeias produtivas no campo e na cidade, de modo a substituir importações e diversificar nossas exportações. O caos econômico conduz a poucas oportunidades para nossos empreendedores e trabalhadores, fazendo com que o Maranhão seja exportador de pessoas para outros estados,” sugeriu.

A primeira campanha de produção do Maranhão, feita para incentivar a indústria, on comércio e a circulação de riqueza locais foi feita pela Associação Comercial do Maranhão na década de 1950. Nos debates que tem feito com os Diálogos pelo Maranhão, Flávio Dino tem defendido a industrialização do Maranhão a partir da estruturação das indústrias regionais, valorizando as potencialidades de cada local.

Da Redação Vermelho