Assis Melo intervém para conter agressão na Câmara
A luta dos trabalhadores contra o projeto de lei 4.330, que trata da terceirização, acabou em atos de truculência e abuso de poder na tarde desta terça-feira (3) na porta do Congresso Nacional. As centrais sindicais foram barradas pela polícia legislativa ao tentarem acessar a Câmara dos Deputados. A polícia reagiu às manifestações com violência. Spray de pimenta, gás lacrimogêneo e uso da força foram as formas adotadas pela polícia para barrar a entrada dos sindicalistas.
Publicado 03/09/2013 21:18 | Editado 04/03/2020 17:09
Mas a intervenção dos trabalhadores foi decisiva para que o presidente da CCJC, Décio Nery de Lima (PT-SC), onde o PL estava na pauta, suspendesse a sessão. O deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS), que é da direção executiva da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), participava da reunião com o presidente da CCJC quando teve que se dirigir até a entrada da Câmara dos Deputados, onde trabalhadores estavam sendo agredidos por policiais. Ao chegar ao local do conflito, Assis teve que enfrentar uma nuvem de gás de pimenta e de gás lacrimogêneo, lançados pelos policiais. Apesar do desconforto, foi possível evitar o pior, negociar a liberação dos manifestantes detidos e adiar a votação do PL 4.330/2004.
"Os trabalhadores não podem ser tratados desta forma violenta e truculenta como vimos hoje nesta Casa no exercício da sua democracia contra um projeto que retira direitos e precariuza as relações de trabalho", ponderou Assis.
Após conflito entre trabalhadores e policiais, Assis chegou a tempo de participar da Comissão Mista que analisava a MP 615/2013 e aprovar emenda de sua autoria que mantém o Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) como órgão gestor do Programa de Alimentação dos Trabalhadores (PAT) e não o Banco Central, como estava prevista no texto inicial do relator, senador Gim Argelo (PTB/DF).
Roberto Carlos Dias,
Vermelho-RS