Final de semana marcado por manifestações em Salvador 

O clima do final de semana em Salvador foi de manifestações. No sábado, 7 de setembro, além do tradicional desfile da Independência, os movimentos sociais saíram às ruas para protestar e levar suas bandeiras. Após o desfile das companhias das forças armadas do Estado, escolas e sociedade organizada, o Grito dos Excluídos colocou o bloco na rua. Entidades sindicais, organizações, centrais sindicais, populares cobraram mais saúde e educação, melhores condições e igualdade no mercado de trabalho.

A CTB, que saiu na ala junto com o PCdoB e sindicatos da base, do Campo Grande Grande até a praça Castro Alves, teve como mote o repúdio à ofensiva imperialista dos Estados Unidos na Síria e à espionagem americana, além do pedido de não aprovação do Projeto de Lei 4330, o PL da Terceirização, que deve precarizar ainda mais o trabalho. Para marcar o protesto, a Central queimou um Judas do presidente Barack Obama.

Mas, infelizmente, a data foi marcada também pelo quebra-quebra de outros manifestantes. Além de pontos de ônibus destruídos e estabelecimentos comerciais depredados, 41 pessoas foram detidas e pelo menos duas ficaram feridas. No final do dia, integrantes do protesto se aglomeraram em frente à 1ª delegacia, para onde os detidos foram levados, pedir a liberação dos mesmos.

No domingo (08/09) foi a vez da defesa da diversidade. Militantes e simpatizantes do movimento tomaram o Centro da capital baiana, durante a 12º Parada Gay, que teve como madrinha este ano a cantora Daniela Mercury. Na pauta, entre outros temas, a aprovação do PL 122, que criminaliza a homofobia no país.

De acordo com pesquisas, a Bahia está no ranking dos estados onde mais se mata homossexuais no país. Tanto que o fundador e ex-presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), professor Luiz Mott, lembrou o estudante da UFBA Itamar Souza, de 25 anos, encontrado morto no chafariz da praça do Campo Grande no começo deste ano.

De Salvador,
Maiana Brito
Com agências