Manifestantes contra e pró-Mursi entram em confrontos na sexta
Partidários e opositores do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi se enfrentaram nesta sexta-feira (13) em Alexandria e em Mahala al Kubra, no norte do Egito, ainda sem registros de vítimas. Na cidade litorânea de Alexandria, os confrontos aconteceram perto da mesquita de Al Qaed Ibrahim, no centro da cidade, durante uma manifestação dos seguidores de Mursi, segundo a televisão estatal.
Publicado 14/09/2013 16:40

O presidente Mursi está detido desde que foi deposto pelo Exército, em 3 de julho, e sua detenção foi estendida por mais 30 dias, na própria sexta (13), apesar dos questionamentos internacionais. Ele é acusado pelo governo interino de incitação à violência durante os protestos de 2011, que levaram à deposição do ex-ditador Hosni Mubarak.
Alexandria foi palco de protestos dos integrantes da Irmandade Muçulmana, da qual o partido de Mursi, Partido da Liberdade e Justiça, faz parte. Os ativistas realizaram uma grande manifestação desde a mesquita de Al Sahaba rumo à ponte Stanley após a reza do meio-dia, de acordo com a página oficial da Irmandade, citada pela agência EFE.
Enquanto isso, em Mahala al Kubra, no delta do Nilo, opositores e simpatizantes de Mursi se enfrentaram depois que os primeiros interceptassem uma manifestação que partiu da mesquita de Abdel Hai Khalil rumo à praça principal, segundo a televisão egípcia. As forças de segurança separaram os grupos após dispersá-los com gás lacrimogêneo.
A emissora acrescentou que em Minia, ao sul do Cairo, as forças da ordem abortaram uma tentativa dos partidários da Irmandade de irromper na delegacia e na prisão do distrito de Al Magaga, onde estão presos alguns integrantes do grupo.
Enquanto isso, na capital ocorreram manifestações organizadas pela Irmandade Muçulmana, desde mesquitas dos distritos de Heluán, Giza e Cidade Nasser. Segundo o grupo, milhares de seus seguidores marcharam pela estrada das Pirâmides após a oração do meio-dia.
Os participantes das mobilizações levaram cartazes com fotografias de Mursi e cantaram palavras de ordem contra as Forças Armadas. As forças da ordem fecharam com soldados e carros blindados os acessos às praças Tahrir, no Cairo, de Rabea al Adauiya, na Cidade Nasser, e de Sfinx, em Mohandesín, neste sábado (14).
Os partidários de Mursi estiveram acampados nas praças de Rabea al Adauiya e de Nahda, em Giza, até 14 de agosto quando a Polícia desmantelou os protestos através força em uma operação que deixou centenas de mortos. Os islamitas organizaram esses acampamentos depois que o Exército depôs Mursi em 3 de julho, na sequência de vários dias de protestos, que pediam eleições presidenciais antecipadas.
Com informações da EFE,
Da redação do Vermelho