Para Ideli, é possível manter o respeito e a parceria com o PSB

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta quinta-feira (19) que o fim da aliança com o PSB não significa inimizade e que o governo vai continuar "fazendo tratativas" para que projetos de interesse do Executivo não sofram oposição. Para ela, é possível manter o respeito e a parceria. O PSB anunciou nesta quarta (18) a entrega de todos os cargos no governo da presidenta Dilma Rousseff.

“Do rompimento de uma aliança ou de um relacionamento, você pode ter, como eu acredito que teremos sempre com o PSB, muito respeito, muita parceria. Até porque, ao longo das últimas décadas, PT e PSB foram parceiros e juntos tivemos muitos resultados positivos em termos das nossas ações tanto em governos municipais e estaduais quanto no governo federal”, disse Ideli, após participar do programa “Bom Dia, Ministro”, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

O PSB apoiou na terça (17) a manutenção dos vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff a sete projetos, entre eles o que manteve a multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no caso de demissão sem justa causa. “Vamos continuar fazendo as tratativas daqui para frente, como fazemos, inclusive, com partidos que não integram oficialmente o governo.”

A ministra informou ainda que será liberada em abril a segunda parcela dos recursos emergenciais de R$ 3 bilhões destinados aos municípios brasileiros, anunciados pela presidenta Dilma em julho, durante a Marcha dos Prefeitos, e que teve R$ 1,5 bilhão depositados nas contas das prefeituras há uma semana. Ela destacou que o dinheiro não é vinculado a áreas específicas e pode ser usado nas áreas emergenciais de cada município.

A ministra também ressaltou que os governos federal e municipais estão em processo de debate para aperfeiçoar o modelo de tributação. “Para melhorar a arrecadação dos municípios estamos fazendo um debate para apresentar, em nome da presidenta, projeto para o Congresso Nacional, no sentido de realizar atualizações, aperfeiçoamentos na legislação tributária municipal, principalmente o Imposto sobre Serviços, que infelizmente é muito mascarado, não é aplicado de forma correta. Houve várias questões que a tecnologia evoluiu e aí o imposto não é aplicado”, disse.

Fonte: Agência Brasil