Conselho de Ética volta a analisar comportamento de Bolsonaro

O Conselho de Ética da Câmara definiu nesta quinta-feira (26) o relator da representação do Psol contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ): será o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que já presidiu o colegiado. Mais uma vez o parlamentar, que defende abertamente a ditadura militar, se envolve em casos polêmicos com seus colegas parlamentares.

Conselho de Ética volta a analisar comportamento de Bolsonaro - Agência Câmara

Em todos os casos anteriores, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, criado para coibir ações antiéticas dos parlamentares, arquivou os processo contra Bolsonaro. Alguns deputados preferem não polemizar, pois dizem que ele quer só aparecer na mídia.

Desta vez , o Psol acusa Bolsonaro de quebra de decoro parlamentar por ter agredido o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) na última segunda-feira (23), durante visita de parlamentares ligados à Comissão Nacional da Verdade ao antigo Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no Rio de Janeiro.

Em 2011, Bolsonaro livrou-se de outra representação do Psol sobre entrevista do deputado ao CQC, por suas declarações racistas e homofóbicas. No programa, ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se o filho namorasse uma mulher negra, afirmou que não discutiria "promiscuidade".

Em outra representação do Psol, no mesmo ano, o partido questionava a conduta do deputado por ter ofendido a senadora Marinor Brito (Psol-PA), em bate-boca no Senado, após debate sobre o projeto que criminaliza a homofobia.

Em 2009, a polêmica do deputado foi com o PCdoB. Um cartaz pendurado na porta do gabinete de Jair Bolsonaro tinha uma imagem de um cachorro mordendo um osso sob a mensagem “Desaparecidos do Araguaia, quem procura osso é cachorro”. A ofensa aos familiares e militantes que participaram da guerrilha rural liderada pelo PCdoB nos anos 1970 mereceu outra representação no Conselho de Ética. Na ocasião, o líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA) disse que “(o cartaz) extrapola os limites mais elementares da convivência política e humana”.

Da Redação em Brasília
Com agências