Ato contra violência policial reúne entidades e personalidades

 

Nesta segunda-feira, 7 de outubro, aconteceu na OAB-RJ um ato em repúdio à violência policial nas manifestações do povo nas ruas.

Diversas entidades dos movimentos sociais, sindicatos, militantes, parlamentares e lideranças políticas somaram-se o ato convocado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O movimento protesta contra as ações extremamente violentas da Polícia Militar proferidas a manifestantes pacíficos – como os exemplos recentes de ações repressivas da PM contra os profissionais da educação das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, que estão em greve desde agosto.

Compuseram a mesa do ato, o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Antônio Augusto Dias Duarte; o presidente do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão; e os representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Lima; do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), Geiza Rocha; do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Itamar Silva; e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Alair Cavalcante.

O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, falou sobre o movimento e afirmou que a iniciativa é mais uma medida da Ordem que deve ser interpretada "no contexto de complexidade em que vive a sociedade brasileira". Ainda segundo o jurista: "Vivemos nos últimos meses um desafio quase diário para compreender não só a voz das ruas, mas também a marcha dos acontecimentos. A OAB/RJ, desde o início, tomou como eixo a defesa do direito de manifestação e também da liberdade de expressão e de imprensa", afirmou Felipe.

O presidente da Ordem ressaltou que a "leitura dos fatos recentes não é fácil", mas que é possível enxergar na violência policial um elemento comum de crítica. "Vamos demorar muitos anos para entender o que está acontecendo, mas algo já se pode concluir: o despreparo da polícia militar para atuar em um Estado Democrático. É uma polícia que não tolera nem o direito de greve, que é um braço armado de um Estado que não é o Estado Democrático que todos nós sonhamos. A Ordem é a casa da cidadania, atuar nesse sentido é o nosso papel. Considero que 15 dias de afastamento para os policiais que forjaram o flagrante de um morteiro na Cinelândia é pouco, queremos a expulsão desses dois oficiais dos quadros da polícia", defendeu Felipe, sob aplausos dos presentes. O presidente da Seccional ressaltou ainda que o ato público desta segunda-feira foi uma iniciativa em conjunto com o Conselho Federal da entidade.

A deputada federal do PCdoB-RJ e pré-candidata do partido à majoritária em 2014, Jandira Feghali, esteve presente fortalecendo o importante ato. Que contou também com a presença do senador Lindbergh Farias (PT/RJ); dos deputados estaduais Inês Pandeló (PT/RJ) e Paulo Ramos (Psol/RJ); dos vereadores Jefferson Moura (Psol/RJ) e Reimont (PT/RJ); do prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT); dos presidentes do PSTU/RJ, Cyro Garcia, e do PT/RJ, Jorge Florêncio; dos ex parlamentares Milton Temer (Psol/RJ) e Vladimir Palmeira (PSB/RJ).

*Por Bruno Ferrari – com informações de http://www.oabrj.org.br/