Amastha comenta reunião de ontem em Brasília da "oposição"

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), da China, onde está em missão oficial, afirmou ao blog que não vai "demonizar" o governador Siqueira Campos (PSDB), como está fazendo o grupo de oposição ao Palácio Araguaia que se reuniu nesta quarta-feira, 30, em Brasilia. "Todos se colocam contra o governador, e o que o Estado vai ganhar com isso?", questionou Amastha. "A maioria dos que estavam na reunião deve tudo o que é ao Siqueira."

Ele avisou que não vai fazer campanha contra o Siqueira, mas a favor do Tocantins. "De onde estão concluindo que o povo do Tocantins é estúpido?", perguntou. Para ele, os políticos que estiveram reunidos nesta quarta "não entenderam o recado das urnas em 2012". "O povo quer saber o que propõem para o Estado e não de um ajuntamento de partidos com interesses pessoais, sem preocupação com o Estado", disse.

O prefeito Carlos Amastha afirmou que não vê diferença entre o grupo que se reuniu nesta quarta e os que se uniram contra ele em 2012. "A única diferença é que alguns mudaram de lado, como a senadora Kátia Abreu, que até duas semanas morria de amores pelo Siqueira Campos e agora decidiu ser oposição. E o João Ribeiro, que se elegeu com Siqueira em 2010 e agora faz oposição", destacou, dizendo que tem simpatia pela aliança com o senador, "mas só com ele".

Sobrevivência e boa fé

Carlos Amastha afirmou que o Tocantins tem políticos excelentes, mas terão que se adaptar aos novos tempos. "Uns vão se adaptar por sobrevivência, outros por boa fé. Mas quem não evoluir, ficará de fora", advertiu.

Ele questionou os que afirmam que o perfil do eleitor de Palmas é diferente do resto do Estado, o que impediria a vitória de um projeto alternativo. "Dizem que Palmas é diferente. Mas antes da minha eleição diziam que o povo de Palmas ia vender o voto. Palmas não é diferente e o Tocantins é exatamente igual. O que aconteceu em Palmas ecoou pelos 139 municípios", avaliou.

Para ele, se houver uma terceira via, com coerência, boa-fé, honestidade e competência, o projeto vai ser viabilizado. "Vamos propor uma alternativa com nova proposta de gestão, não por interesses políticos", garantiu.

Velha política

Sobre a reunião desta quarta-feira, em Brasília, o prefeito avaliou que, "para quem faz a velha política, foi muito boa". "Acho lindo", ironizou. "Estão discutindo o futuro deles, a sobrevivência deles, não o futuro do Estado, um projeto para o Estado."

Abraço à Kátia
O prefeito comentou a declaração do presidente de seu partido, o PP, deputado federal Lázaro Botelho, durante a reunião, de que vai colocar Amastha para abraçar Kátia Abreu. "Se ela me pedir perdão de público, eu a abraçarei, mas aliança política é diferente", avisou.

Segundo o prefeito, mesmo que houvesse o abraço, não há possibilidade de ele e a senadora estarem juntos no mesmo palanque. "Porque politicamente estamos muito distantes", explicou.

Fonte: Cleber Toledo