Por motivos distintos, Serra e Azeredo escondem-se de ato tucano

As ausências do candidato duas vezes derrotado do PSDB à Presidência da República (2002 e 2010), José Serra, e do ex-governador tucano de Minas Gerais, Eduardo Azeredo – principal réu do chamado “mensalão mineiro” – foram motivo de constrangimento nesta segunda (18), em evento da legenda em Poços de Caldas, no sul de Minas. Por motivos diferentes nem Serra, nem Azeredo marcaram presença na reunião que se transformou num ato de apoio à candidatura de Aécio Neves ao Palácio do Planalto em 2014.

Enquanto a ausência de Serra é motivada pela indicação do PSDB para a candidatura presidencial tucana em 2014, Azeredo é mantido propositalmente longe dos holofotes da mídia em uma tentativa do tucanato para tentar, mais uma vez, abafar seu envolvimento no esquema de financiamento ilegal de sua campanha à reeleição para o governo mineiro, em 1998, e que pode entrar na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) no primeiro semestre de 2014.

Se por um lado o tucanato suspirou aliviado pela ausência de Azeredo, o não comparecimento de Serra foi cobrado. Sem mencionar o nome do "eterno presidenciável tucano", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse esperar que "essa pessoa citada" compareça aos próximos encontros. Coube ao governador de SP, Geraldo Alckmin, o papel ridículo de justificar a ausência de Serra, alegando outros compromissos.

Já a falta de Azeredo causou um mal-estar maior para os tucanos. Aécio evitou falar sobre o mensalão mineiro e encerrou a entrevista após um breve "a lei vale para todos”. Alckmin também fugiu do tema. Quando questionado sobre possíveis implicações da prisão dos condenados da Ação Penal 470 nas ações resultantes da denúncia envolvendo o tucanato durante a campanha de Azeredo em 1998 se limitou a afirmar que esta é uma questão “institucional".

Mariana Viel, da Redação do Vermelho 
com informações do Estadão