"Direita mente quando diz combater a corrupção"

 O Dia Nacional de Coleta de Assinaturas ficou marcado para esta quarta-feira (27), a partir das 16h, na Rodoviária, coração de Brasília, por onde circulam milhares de trabalhadores todos os dias. “Vamos encontrar a população e denunciar a hipocrisia da direita que fala tanto combater a corrupção, mas não quer acabar com ela seriamente. Fica somente na superfície”, anuncia Paulo Vinicius da Silva, dirigente da CTB.

Por Marcos Aurélio Ruy, no Portal CTB

As entidades se concentrarão no Museu Nacional, de onde seguirão em marcha para a Rodoviária do Plano Piloto onde será realizado Ato Público com coleta de assinaturas.

O ato marca a ofensiva para a coleta de mais de 1,5 milhão de assinaturas para encaminhar ao Congresso o Projeto de Lei de Iniciativa Popular em favor da Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. A assintura também pode ser feita online no site www.reformapolitica.org.br.

Para PV, “a direita não quer acabar com a corrupção. Porque é com ela qaue se mantém no poder". Os manifestantes decidiram ir “ao encontro da população, para mostrar que a origem da corrupção está no financiamento das campanhas eleitorais”, explica. Ele acentua a necessidade da “mobilização efetiva nos estados para levar à capital federal o maior número possível de pessoas em defesa da democracia com participação popular”.

A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas é uma organização composta por 44 entidades da sociedade civil, que defendem a democracia a reforma política com participação popular. “Nós não temos medo do povo. Quem teme a vontade popular é a direita, por isso se mantém avessa às transformações que possam fugir de seu controle", afirma PV. A Coalizaão que tem a participação da CTB e demais centrais sindicais defende um plebiscito para se efetivar uma reforma política ampla e voltada para os interesses da classe trabalhadora e da maioria do povo.

O sindicalista define que o financiamento público de campanha com permissão de doações individuais e de no máximo R$ 700 “acabará de vez com a maior parte da corrupção, porque atualmente as empresas vêm como investimento o financiamento dos candidatos de seus interesses e depois da eleição querem o retorno”, garante PV.

A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas tem o objetivo de impulsionar uma campanha para efetivar a Reforma Política e fortalecer os meios para alcançar a democracia direta com base nos seguintes pontos:

– Financiamento público exclusivo de campanha.

– Fim das coligações, porém permitindo que os partidos façam federações partidárias que durariam, no mínimo, quatro anos;

– Coincidência temporal das eleições (municipais, estaduais e federais);

– Ampliação da participação da sociedade na apresentação de projetos de iniciativa popular, inclusive por meio da internet. Pela medida, 500 mil assinaturas garantiriam a apresentação de um projeto de lei; e 1,5 milhão, de proposta de emenda à Constituição (PEC);

– Nova opção de lista flexível, em que o eleitor continuaria votando no deputado ou no partido, mas só o voto na legenda é que reforçaria a lista apresentada pelo partido.