Vanessa diz que COP 19 avançou na proteção a florestas 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) registrou a participação dela e de outros senadores na 19ª Conferência do Clima da ONU, a COP 19, ocorrida em Varsóvia, na Polônia, na semana passada. Ela se disse surpresa com os resultados de uma reunião em torno da qual "não pairava qualquer expectativa". 

Segundo a parlamentar, o maior avanço alcançado foi o estabelecimento de regras para o pagamento aos países que protegerem suas áreas de florestas, o chamado REDD+. Para ter acesso aos recursos, os países devem reduzir emissões de carbono por desmatamento e degradação florestal.

“É uma mudança de lógica, de paradigma, dentro da própria política internacional sobre mudanças climáticas, já que até então o que tínhamos eram recursos para nações que recuperassem florestas degradadas. Isso é importante para o mundo inteiro, mas em particular para o nosso país, por que temos a maior floresta tropical do mundo e estamos em processo de desenvolvimento”, explicou a parlamentar.

Vanessa Grazziotin observou, ainda, que o tema do pagamento pela proteção de florestas ganhou mais importância nas discussões da COP 19 que o do comércio de carbono, por meio do qual países podem pagar a outros pelo excesso de emissão de gases causadores do efeito estufa.

“Isso não ajuda o clima. Então esse debate ficou em plano secundário”, assinalou Vanessa Grazziotin. Ela esclareceu que as regras aprovadas em Varsóvia preveem a utilização de dinheiro do Fundo Verde, aprovado em 2010 e que já tem recursos disponíveis a partir deste ano, embora a maior parte das verbas vá ser aportada em 2014.

Vanguarda

A parlamentar pelo Amazonas chamou a atenção para o papel relevante do Brasil no avanço da agenda ambiental. Sétimo no ranking da economia mundial, o país é "uma nação líder" no que se refere à proteção ao meio ambiente.

Não só por causa da maior floresta tropical do mundo, mas também das posições importantes que assume nos fóruns internacionais, entre as quais as de fortalecimento do grupo dos 77 países em desenvolvimento e do Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China).

O Brasil tem uma meta interna voluntária, em lei, "das maiores do mundo": de 36% a quase 39% de redução das emissões de carbono até o ano de 2020, levando-se em conta índices de 1995.

Tanto a Conferência das Partes, realizada na Polônia, como a próxima, que será realizada em Lima, no Peru, serão preparatórias para a 21ª Conferência das Partes, marcada para ocorrer em Paris. Na 21ª Conferência, será elaborada uma nova convenção, pela qual todos países terão regras estabelecidas internacionalmente para a redução de emissão de gases de efeito estufa.

Estiveram em Varsóvia, além de Vanessa Grazziotin, os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Sérgio Souza (PMDB-PR) e Anibal Diniz (PT-AC). O grupo participou igualmente de uma reunião da Globe Internacional, entidade ambiental que reúne parlamentares de vários países.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado