Homenagem a Mandela reúne o maior número de chefes de Estado 

O tributo ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira (5), reúne o maior número de chefes de Estado da história. O recorde atual foi registrado no funeral do papa João Paulo II, em 2005, com a presença das autoridades máximas de 70 países. De acordo com o governo da África do Sul, mais de 90 chefes de Estado confirmaram presença e o número ainda não foi fechado.

A homenagem está ocorrendo no Estádio Soccer City, palco da final da Copa do Mundo de 2010 e também, no mesmo dia, da última aparição pública de Mandela, desfilando em um carrinho de golfe e aplaudido por milhares de admiradores. O estádio tem capacidade para cerca de 80 mil pessoas.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, foi uma das principais oradoras. Ela afirmou em seu discurso que Nelson Mandela inspirou uma luta igual no Brasil e na América do Sul.

"O combate de Mandela e do povo transformou-se em um paradigma não só para o continente, mas para todos os povos que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade", disse Dilma. "Esse grande líder teve seus olhos postos no futuro de seu país, do seu povo e de toda a África e inspirou a luta no Brasil e na América do Sul."

Dilma chamou Mandela de "personalidade maior do século 20" e afirmou que o sul-africano "conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano na história moderna: o fim do apartheid na África do Sul."

A presidente lembrou que o Brasil tem diversos descendentes de africanos e disse que "nós, nação brasileira, que trazemos com orgulho o sangue africano em nossas veias, choramos e celebramos o exemplo desse grande líder que faz parte do panteão da humanidade."

"Mandela deixou lições, não só para seu querido continente africano, mas para todos aqueles que buscam a liberdade, a justiça e a paz no mundo", afirmou a presidenta, que encerrou seu discurso dizendo "viva Mandela para sempre".

Com UOL, Blog do Planalto e Agência Brasil