Velório de Mandela é encerrado e corpo é levado à vila natal

Terminou nesta sexta-feira (13) o velório do líder sul-africano, Nelson Mandela, em Pretória, capital da África do Sul. Seu corpo foi levado a Qunu, a vila natal de Mandela, no Cabo Oriental do país, e será enterrado neste domingo (15). As autoridades locais estimaram que cerca de 50.000 pessoas visitaram o velório apenas nesta sexta, depois de três dias de cerimônia.

Nelson Mandela - AP Photo / Schalk van Zuydam

Madiba, como era chamado o incansável combatente contra a segregação racial que dominou o seu país, foi homenageado pelo mundo enquanto vivia, e sua morte causou grande mobilização em prol dos seus ideais. Diversos líderes visitaram o país nesta semana desde que faleceu, no dia 5 de dezembro, para despedir-se de Mandela.

Apesar da perda de um "pai" para a nação sul-africana, como dizem os nacionais, a despedida de Madiba também foi dominada pela celebração à vida que o ex-presidente dedicou à luta pela justiça social e pela liberdade.

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O porta-voz da família de Mandela, Themba Matanzima, disse que ele certamente "está em paz por ter recebido o adeus dos sul-africanos que tanto amou, se sacrificou e por quem estava preparado para dedicar sua vida", de acordo com a mídia internacional.

De acordo com a Agência Brasil, durante os três dias em que ficou exposto no Union Buildings, o palácio do governo da África do Sul, cerca de 100 mil pessoas passaram pelo local, e mais de 50 mil pessoas foram prestar homenagens ao ícone da luta contra o regime de apartheid apenas no último dia de visitação.

A homenagem ao ex-presidente no Estádio Soccer City, onde foi enecerrada a Copa do Mundo de 201, reuniu o maior número de chefes de Estado já registrado em uma cerimônia como esta. Cerca de 90 compareceram, de acordo com o governo sul-africano, inclusive a presidenta Dilma Rousseff, que foi uma das principais oradoras.

"A expressão de amor e apoio trouxe imenso conforto à família e aos que amam Tata Madiba", expressou o governo por meio de nota. Mandela morreu aos 95 anos, e já vinha lutando há meses contra infecções nos pulmões, mas estava em "estado vegetativo permanente", de acordo com fontes médicas.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências