Movimentos debatem, em Conferência, políticas urbanas em BH

O viaduto de Santa Tereza sediou, neste sábado (14), a I Conferência Popular de Política Urbana de Belo Horizonte, que reuniu diversas entidades e movimentos sociais da cidade para discutir políticas públicas voltadas, principalmente, para reforma urbana. O discurso era de unificação entre os diversos setores críticos à atual gestão municipal.

Debate. Temas como mobilidade urbana, habitação e Estatuto da Cidade foram tratados no encontro

Entre os movimentos participantes do evento, que durou cerca de três horas e reuniu aproximadamente 250 pessoas, estavam o Salve Santa Tereza, Moradores da Lagoinha, Federação das Associações de Moradores de Minas Gerais (Famemg), União Estadual dos Estudantes, Tarifa Zero, Brigadas Populares, entre muitos outros, que discursaram e debateram os planos futuros. Os temas debatidos giraram em torno da mobilidade urbana, Lei de Uso e Ocupação do Solo, representação da sociedade civil, Estatuto da Cidade, entre outras.

“A luta maior é a luta pelo direito à cidade, e estamos aqui tentando achar um ponto de junção entre os vários movimentos da cidade que lutam por outros direitos, integrando a luta” disse Fernando Soares, diretor da Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo e participante do GT de reforma urbana da Assembleia Popular Horizontal.

O projeto do Nova BH, que prevê várias mudanças na ocupação de vários espaços da capital, foi alvo de críticas. Os integrantes pediram mais diálogo na condução do projeto. “De antemão não dizemos nem que somos contra, porque não conhecemos o projeto. Não sabemos quais são os impactos reais na vida das pessoas”, explica Alexandre Torres, presidente da Famemg.

A Conferência Popular de Política Urbana de Belo Horizonte nasceu como uma resposta desses movimentos ao fato da prefeitura da capital não realizar o encontro neste ano, o que, conforme as entidades, não estaria de acordo com o que prevê a legislação municipal. “O Plano Diretor exige que, no 1° ano de mandato do governo, a prefeitura convoque e realize a Conferência Municipal de Políticas Urbanas, coisa que não aconteceu”, diz Torres.

Antes da conferência deste sábado, vários grupos se reuniram separadamente durante o mês de dezembro.

Outro lado

A prefeitura da capital informou, por meio de sua assessoria, que está recolhendo os relatórios das conferências regionais e que pretende fazer a conferência municipal em 2014.

Fonte: O Tempo