Cúpula Europeia ratifica meio de liquidação de bancos em crise

A Cúpula da União Européia (UE) ratificou nesta sexta-feira (20) o acordo para a criação de um mecanismo de liquidação de bancos em crise. O acordo, no entanto, é recusado pela Eurocâmara, pois vai de encontro a certas exigências de Alemanha.

Considerado como o segundo pilar da união bancária, este instrumento propõe que a responsabilidade da quebra de uma entidade financeira recaia nas mãos dos Estados e não nas das instituições comunitárias.

O acordo atrasa em 10 anos a criação de um fundo único para evitar as falências e ajudar as reestruturações.

Esta decisão foi criticada pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que denunciou que o processo de tomada de decisões é excessivamente complicado e o adiamento do fundo não permitirá romper o vínculo entre os bancos e os Estados.

"Caminhamos numa péssima direção se, em lugar de optar por um órgão de decisão independente e rápido, deixamos que os Estados retenham seu poder de decisão", disse Schulz.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, admitiu que a negociação com o Parlamento será complicada, mas acrescentou que o acordo foi "considerado adequado por todos os que estávamos ao redor da mesa".

O chamado Mecanismo de Resolução Bancária deverá ser submetido à votação no Parlamento Europeu ante das eleições de maio.

Os chefes de Estado ou de Governo da UE, reunidos em sua última cúpula do ano, tiveram que atrasar até março a aprovação de uma diretoria para avançar no intercâmbio automático de informação sobre as poupanças bancárias.

Esta iniciativa, que procura enfrentar a fraude e a evasão fiscal, foi vetada pela Áustria e por Luxemburgo.

Outro tema postergado até junho de 2014 foi o da busca de uma política comum em longo prazo sobre os migrantes.

Fonte: Prensa Latina