Atentado a bomba mata 12 e deixa 130 feridos no Egito

Uma explosão de duas bombas em frente ao prédio da Direção de Segurança em Mansoura, no Egito, deixou 12 pessoas mortas e 130 feridas, como confirmaram autoridades locais.

Meia tonelada de dinamite foi escondida em dois automóveis estacionados perto do edifício, que ficou severamente danificado

Entre os feridos está o chefe do estado de Mansoura, cujo nome não aparece na informação disponível até o momento sobre o atentado, o mais grave desde 3 de julho, quando as Forças Armadas retiraram o presidente Mohamed Morsi do poder.

De acordo com a informação até agora, aproximadamente meia tonelada de dinamite foi escondida em dois automóveis estacionados perto do edifício, que estouraram quase ao mesmo tempo.

Um terceiro veículo no qual estava escondida uma quantidade indeterminada de explosivos estava pronto para ser detonado, mas foi encontrado e desarmado, de acordo com o governador da província Omar El Shawadfy.

O primeiro ministro interino egípcio, Hazem El Beblawi, descreveu a ação como "um ato de terrorismo que tenta amedrontar o povo e obstruir o mapa de rota (determinado pelos militares depois da deposição do mandatário islâmico). As mãos tenebrosas por trás deste ato querem destruir o futuro de nosso país".

Também promete que "o Estado fará tudo possível para encontrar os criminosos que executaram, planejaram e apoiaram este ataque".

O edifício que serve de sede à Direção de Segurança foi severamente danificado pelo atentado, que ainda não foi reivindicado, mas que se supõe ser obra de Ansar Beit al Maqdis (Seguidores de Jerusalém), um grupo islamista radical que declarou guerra às autoridades interinas depois da deposição de Morsi.

Vários automóveis que estavam perto do local foram destruídos e construções próximas foram danificadas nas fachadas e janelas, pela onda expansiva das bombas.

Nesta segunda-feira (23), Ansar Beit al Maqdis difundiu através das redes sociais um comunicado no qual exorta os soldados e policiais egípcios a desertar so pena de morte por serem considerados infiéis ao servir um Governo secular.

Esse grupo islâmico radical reivindicou a autoria do atentado contra a sede da Inteligência Militar em Ismailia no passado dia 19 de outubro, no qual morreram seis pessoas, cinco delas militares; e da tentativa frustrada de um homem bomba contra o ministro de Interior egípcio, Mohamed Ibrahim, no último dia 5 de setembro nesta capital.

Fonte: Prensa Latina