Turquia vive crise política após renúncia de três ministros
Nesta quarta-feira (25), três ministros renunciaram a seus cargos após terem seus nomes associados a um grande escândalo de corrupção e suborno que envolve aliados do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Publicado 26/12/2013 12:23

Os titulares das pastas de Economia, Zafer Çaglayan, e do Interior, Muammer Güler, renunciaram após um juiz decretar, no dia 17 de dezembro, a prisão preventiva de seus filhos, acusados de participarem de uma rede de suborno.
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Poucas horas depois, o ministro do Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Erdogan Barayktar, também anunciou sua saída do gabinete e do Parlamento. Na ocasião, ele também pediu a renúncia do premiê Erdogan. Os três ministros negaram qualquer participação no escândalo.
Os filhos de Çaglayan e Güler estã, junto com o presidente do banco estatal Halkbank, entre as 24 pessoas que foram presas por acusações de suborno no dia 17 de dezembro. O filho de Bayraktar foi detido como parte das investigações, mas liberado no sábado (21).
Erdogan ganhou três eleições consecutivas desde 2002, devido ao crescimento da economia, à boa reputação e à promessa de combater a corrupção. Na terça-feira (24), o presidente turco, Abdullah Gül, comentou pela primeira vez o caso e prometeu uma mudança ministerial no país.
Em sua defesa, declarou que “a razão pela qual o nosso partido tem sido bem sucedido, o motivo por que assumiu o comando e por que governa há 11 anos, é a nossa honestidade, do nosso compromisso para com o país e a nossa determinação em lutar contra a corrupção. O Partido AK não esquece nem tolera a corrupção. Caso fizesse isso, estaríamos a retirar a sua “razão de ser.”
Com informações da Deutsche Welle