Haddad sanciona lei que libera venda de comida na rua 

O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou nesta sexta-feira (27) a lei que regulamenta a venda de comida de rua na cidade.

Venda de comida na rua / Foto Renato Luiz Ferreira Agência Estado 

Haddad vetou a venda de alimentos em barracas ou carrinhos montados dentro de garagens ou em qualquer tipo de imóvel particular – na periferia paulistana e nos arredores de faculdades, por exemplo, é comum moradores transformarem suas garagens em lanchonetes, sorveterias ou bares, entre outros tipos de comércio improvisados nos chamados “puxadinhos”.

Outro veto foi com relação ao período de concessão, de dois anos, renováveis por mais 12 meses. O prazo será definido pelo Executivo em decreto que será publicado em 60 dias. O governo também barrou a criação de uma comissão, com integrantes da sociedade civil e das subprefeituras, que definiria os permissionários em cada região da cidade.

“Com alguns pequenos ajustes, é um projeto que cabe na cidade. No decreto vamos definir como a licença será emitida”, afirmou ao blog o secretário de Relações Governamentais, João Antonio (PT).

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB), autor do projeto de lei, juntamente com os parlamentares Floriano Pesaro (PSDB), Arselino Tatto (PT), Ricardo Nunes (PMDB), Antonio Goulart (PSD) e Marco Aurélio Cunha (PSD), comemorou. “Esse é um projeto positivo tanto para a sociedade, que terá mais acesso à comida a preços razoáveis, quanto para os comerciantes de rua, que poderão ter sua atividade legalizada”, afirma Matarazzo.

Chefs 'coxinhas' de olho na rua

Os chefs de restaurantes como Alex Atala, do D.O.M. e do Dalva e Dito, e Rodrigo Oliveira, do Mocotó e do Esquina Mocotó, também apoiam a medida. Eles se encontraram com o prefeito Fernando Haddad (PT) para debater esse tema, entre outros, em outubro. “A alta cozinha quer andar de mãos dadas com o ambulante”, afirmou Atala na ocasião.

O apoio se deve ao fato de que alguns desses chefs já têm feito algumas experiências no comércio de rua, para abocanhar também essa fatia do mercado. Desde outubro, André Mifano, do Vito, tem circulado com o seu Jameson Food Truck vendendo sanduíches e pratos, que custam cerca de 30 reais (!). o restaurante não menos chique, o Tordesilhas também tem usado a calçada para vender suas "comidinhas" e bebidas mexicanas.

Black Dog é exemplo de quem começou na rua e migrou para loja

Leandro Neves começou vendendo cachorro quente na esquina da Avenida Paulista com a rua Joaquim Eugênio de Lima, no início dos anos 200. Atualmente,  hoje é diretor-presidente da rede de franquias Black Dog, com dez endereços na capital. Para ele, "o mais difícil na rua é atender a todos os critérios da vigilância sanitária”.

Com agências