Egito: Choques entre polícia e manifestantes deixam dois mortos

Uma erupção de protestos islamistas nesta sexta-feira (27) em quase todo o Egito deixou dois mortos e vários feridos, entre eles quatro soldados, como informaram fontes oficiais.

As mortes registraram-se na cidade costeira de Damietta e na meridional Meniya, ao término da prece muçulmana do dujur (meio dia) quando centenas de partidários do deposto presidente Mohamed Morsi saíram às ruas convocados pela Coalizão Nacional de Apoio à Legitimidade encabeçada pela Irmandade Muçulmana (IM).

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Os protestos fazem parte de uma campanha que recomeçará no início de janeiro, poucos dias antes do reinicio do julgamento por incitação à violência e ao assassinato de opositores contra Morsi e outros 14 membros da cúpula da IM. O Cairo se recuperou do efeito da explosão de um um micro-ônibus com um explosivo improvisado. Também ocorreram choques entre agentes policiais e estudantes da universidade da El Azhar, no distrito de Cidade Nasser.

O Ministério do Interior anunciou a detenção de 148 manifestantes, entre eles 25 mulheres, sujeitos a sentenças de até cinco anos de prisão, depois de o Governo ter incluído nesta semana a IM na lista de organizações terroristas.

A versão oficial assegura que os estudantes apedrjaram os agentes anti-distúrbios nas cercanias de seus dormitórios.

Os choques começaram quando os estudantes organizaram uma manifestação para lembrar um colega morto em um combate de rua com as forças policiais, que têm recebido ordens de atuar de maneira implacável contra os protestos organizados pelos islamistas.

Em um discurso horas atrás, o ministro de Defesa, o general Abdel Fattah El Sisi, prometeu que o Exército e a Polícia "varrerão aos terroristas da face da terra".

Outros combates entre manifestantes e as forças policiais foram reportados no distrito de classe alta de Maadi, no de Zeitoun, na colindante província meridional de Giza, onde foram incendiados dois veículos policiais, e em várias localidades do Alto Egito.

Fonte: Prensa Latina