RJ: Museu de Arte Moderna recebe exposição Expo 1  

A capital fluminense deve ser o destino mais procurado do país nestas férias. Entre os estrangeiros, o resultado é certo. Mas, os motivos, desta vez, podem ir além do Corcovado e do Pão de Açúcar. O Museu de Arte Moderna (MAM) hospeda, desde a semana passada, a exposição Expo 1, concebida e montada, originalmente, no Museu de Arte Moderna de Nova York (Moma). Trata-se de uma das coleções mais ousadas e comentadas de arte contemporânea dos últimos anos.

Exposição - Divulgação

Para enfrentar os trópicos, a exposição sofreu algumas alterações, na tentativa (acertada) de se adaptar a questões locais. Tanto aqui como lá, há um propósito maior na concepção do acervo: os desafios ambientais do século 21. Enquanto em Nova York, a preocupação ficou envolta nos temas climáticos, no Brasil a arte transgrediu o meio ambiente e focou o urbano. O resultado versa não somente sobre pautas ecológicas, mas, igualmente, acerca de movimentos sociais, como manifestações populares, com direito a um adendo especial: artistas brasileiros foram convocados para complementar a seleção original, que contém parte dos interventores que compuseram a temporada novaiorquina.

 
Sinal do infinito 
 
Durante o discurso de abertura, Klaus Biesenbach, curador do Moma, destacou os trabalhos nacionais, como o da mineira Cinthia Marcelle: “Fiquei impressionado com o impacto deste vídeo, no qual podemos conferir um trator perfazendo o sinal do infinito, em um campo desmatado”, comentou, enquanto observava a referida obra, intitulada 475 volver. Marcelle parece realmente ter chamado a atenção. Ela foi a única brasileira que participou da montagem nos Estados Unidos. Por aqui, além de Marcelle, a exposição conta com Claudia Andujar, Jonathas de Andrade Jarbes Lopes, Thiago Rocha Pitta, Rivane Neuenschwander e Cao Guimarães, esses dois últimos responsáveis por uma das peças mais criativas, o vídeo Quarta-feira de cinzas, no qual formigas carregam confetes de carnaval.

Expo 1: Rio
Vários artistas. No Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Até 23 de fevereiro de 2014. Ingresso: R$ 12. Não recomendado para menores de 18 anos. 
 

Fonte: Correio Braziliense