Governo chinês processa funcionários de alto escalão

As autoridades chinesas confirmaram nesta quinta-feira (2) sua decisão de manter mão de ferro contra a corrupção em 2014, com a revelação de outros três casos de severas violações, dois vinculados a um grande escândalo de fraude eleitoral na província de Hunan.

De acordo com declarações oficiais, Hu Guochu, um experiente parlamentar em Hunan que presidia o Comitê Permanente do Congresso Popular Municipal de Hengyang, foi enviado nesta quinta à Corte de Justiça acusado de negligência e aceitação de suborno para cometer fraude eleitoral.

Segundo os informes oficiais, Hu foi um dos responsáveis pela eleição fraudulenta de legisladores em Hunan, ocorrida nessa província central do país com participação de cerca de 500 deputados.

O fato ocorreu de 28 de dezembro de 2012 a 3 de janeiro de 2013, período no qual foram eleitos os deputados do município, com participação de 527 legisladores.

As investigações revelaram que 56 deles ofereceram subornos que somam 18 milhões de dólares a 518 deputados e a 68 integrantes da equipe para chegar às cadeiras em disputa.

No sábado, 500 deputados foram expulsos ou afastados e uma grande parte renunciou.

Outro servidor público expulso do Partido Comunista da China (PCCh), em Hunan, pela mesma razão, foi Tong Mingqian, assessor nessa província, revelou um comunicado da Comissão de Inspeção Disciplinar.

Tong, que era vice-presidente do comitê provincial da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e chefe do birô do PCCh em Hengyang, foi acusado de negligência em suas responsabilidades que propiciaram essa grande fraude.

A declaração divulgada informa que Tong não tomou medidas imediatas e efetivas para tratar os casos de subornos expostos e com essa atitude ocasionou grandes perdas aos interesses do Partido, do país e do povo, deixando um prejudicial impacto político e social.

Outro caso de corrupção conhecido hoje em Pequim é o de Li Chonqxi, principal assessor na província sudeste de Sichuan, acusado de sérias violações de disciplina.

As autoridades investigam o caso de Li, que presidia o comitê provincial da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês em Sichuan, agrega a nota oficial, sem mais detalhes.

Fonte: Prensa Latina