Cidades registram temperaturas mais quentes das últimas décadas
Algumas das cidades mais povoadas do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, registraram o mês de janeiro mais quente das últimas décadas e em alguns casos, as temperaturas mais elevadas para o mês desde que começou a medição de dados, informaram fontes oficiais.
Publicado 31/01/2014 16:12

A cidade de Porto Alegre registrou no mês de janeiro uma temperatura média de 33 graus, o que representa a mais alta desde 1916, ano em que começaram as medições do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet).
Esta temperatura é quatro décimos superior à registrada em janeiro de 1953, que até agora era a segunda mais alta registrada.
A causa desta elevada temperatura é um sistema de altas pressões proveniente do oceano Atlântico que gera um forte vento quente que vai desde o norte do Brasil rumo ao sul, segundo os meteorologistas.
Por sua vez, a Zona Oeste do Rio de Janeiro enfrenta o verão mais quente dos últimos 30 anos, com uma temperatura média no mês de janeiro de 36,5 graus, o que representa quatro graus acima das previsões.
No conjunto da cidade, a temperatura média registrada em janeiro é de 33,9 graus, ligeiramente superior aos 33,1 que esperavam os especialistas.
No entanto, esta temperatura, a mais alta no sudeste do país, ainda está abaixo das registradas em 2006, 2010 e 2011, os verões mais calorosos dos últimos anos no Rio de Janeiro.
Capital paulista tem o janeiro mais quente dos últimos 71 anos
Este mês de janeiro é o mais quente na cidade de São Paulo nos últimos 71 anos, apontam dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Desde que a série histórica começou a ser feita, em 1943, nunca o mês registrou temperaturas tão elevadas, com média mensal das máximas de 31,7 graus Celsius (ºC). O dia mais quente foi registrado em 3 de janeiro, com máxima de 35,4ºC. Apenas cinco dias do mês tiveram máxima abaixo de 30ºC.
A previsão do instituto é que a média deste mês fique em 31,9ºC, o que o consagraria como o mais quente de todos os meses, desde o início do levantamento. A umidade relativa do ar, que ficou em torno de 20% na média dos últimos três dias, também representa um recorde, sendo a mais baixa para meses de janeiro dos últimos 30 anos.
De acordo com o meteorologista do Inmet Franco Vilela, entre os fatores que explicam essa condição, está a falta de ventos que trazem umidade da Amazônia. “A relação entre calor e umidade provoca as chuvas”, apontou. A ausência de frentes frias e alta pressão do oceano, que se estendeu de forma excepcional para o continente, também contribuíram para um mês com elevadas temperaturas.
Com informações das Agências, Brasil e EFE