Agricultores gregos intensificam mobilizações em todo o país
Os agricultores gregos mostraram-se na sexta-feira (7) decididos a continuar sua luta devido à pouca credibilidade e consistência da proposta governamental, pois não responde às principais demandas que há dias vêm mobilizando o setor.
Publicado 08/02/2014 10:55
Depois de uma reunião de urgência, realizada na quinta-feira (6) entre o premiê, Antonis Samarás, o ministro de Agricultura, Athanasios Tsaftaris, o vice-ministro de Finanças, Yorgos Mavraganis, e o secretário geral de Rendimentos Públicos, Jaris Theojaris, os agricultores consideraram insuficientes os acordos e decidiram levar adiante seus protestos.
"O pronunciamento do governo para os agricultores não responde às reivindicações básicas, por isso continuaremos a luta", assegurou o Presidente da Federação de Associações Agrícolas de Larissa, Rizos Marudas, em referência às suas demandas de estabelecer um mínimo de renda isenta de impostos e medidas que reduzam os custos de produção.
Por esta razão, numerosas assembleias por todo o país decidiram aumentar suas ações de bloqueio de vias e a convocação de uma importante mobilização em escala nacional durante o final de semana.
Até o momento, existem cerca de 40 estradas bloqueadas de um extremo a outro da Grécia, embora a região de Tessalia, no centro do país, seja o lugar onde os protestos estão tomando mais força.
O Secretário Geral do Partido Comunista da Grécia, Dimitris Kutsumpas, visitou na sexta o centro da mobilização, na cidade de Nikea, para oferecer seu apoio e convocar os sindicatos e cidadãos a participar da manifestação do domingo, que bloqueará a rodovia que liga as duas principais cidades do país.
O Comitê de Coordenação Nacional chamou "à ação conjunta, os trabalhadores, comerciantes e artesãos, com todo o povo, porque temos um inimigo comum e interesses e demandas comuns".
Além disso, a federação de transportadoras expressou seu apoio às demandas e deixou a porta aberta para que a partir de segunda-feira os caminhoneiros pudessem se unir aos agricultores nas estradas.
Outras organizações sindicais também mostraram sua solidariedade com a luta dos trabalhadores agrícolas e condenaram a dura repressão de que estão sendo objeto em suas manifestações por parte de unidades da polícia militar.
Fonte: Prensa Latina