Aos pessimistas, ministro diz que Brasil fará Copa vitoriosa
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não poupou palavras para defender Cuiabá como uma das cidades-sede da Copa do Mundo em visita que fez à cidade esta semana, afirmando que os discursos dos pessimistas e derrotistas não ficarão registrados na história do país. Rebelo esteve na capital do Mato Grosso para participar da reunião de planejamento operacional para organização do torneio e aproveitou a oportunidade para visitar a Arena Pantanal.
Publicado 14/02/2014 13:55

“O Brasil já fez coisas mais difíceis e mais importantes que Copa do Mundo e Olimpíadas. O mesmo vale para Cuiabá”, disse, afirmando que cumpre seu papel como cidadão brasileiro ao defender Cuiabá.
Rebelo fez críticas a reportagens veiculadas pelo jornal Folha de S. Paulo, destacando que, enquanto aponta os benefícios e o crescimento que as Olimpíadas irão levar à cidade de Tóquio em 2020, não poupa críticas aos gastos e à organização da Copa do Mundo no Brasil.
“Creio que a Copa oferece a qualquer país que a apoie um vasto horizonte de possibilidades. Concordo com a reportagem (da Folha) que diz que, para Tóquio, (Olimpíadas) é sinônimo de crescimento. Mas discordo quando dizem que, para nós, Olimpíadas e Copa são apenas sinais de problemas. Por que quando se trata da Copa no Brasil faz-se uma interpretação mesquinha, tão pessimista e defensiva?”, questionou.
Rebelo salientou, ainda, que acredita que a maioria dos brasileiros vê a realização do Mundial como uma grande festa e oportunidade para o país e que aqueles que são contrários ao evento devem fazer críticas que ajudem a corrigir os problemas para o evento, e não negá-lo.
“Parece que só os ingleses, franceses, espanhóis, alemães e japoneses podem realizar Copa do Mundo e Olimpíadas. Eu acho que não. Nós podemos realizar esses dois eventos vitoriosamente”, afirmou.
O ministro lembrou as dificuldades enfrentadas pelo Brasil em 1950, quando foi escolhido também como sede da Copa do Mundo pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). E ressaltou que naquela ocasião, apesar das críticas negativas, foi a campanha positiva do jornalista Mário Filho para a construção do Maracanã que entrou para a história do país, e não a visão pessimista sobre o evento.
“Na Copa de 1950 também houve essa polêmica, com muitos dizendo que não dava para fazer a Copa, não dava para fazer o Maracanã, e uma parte da sociedade falou que dava. O que ficou para a história foi a Copa e o êxito de Mário Filho. Os pessimistas e derrotistas, que só viam problemas, a história não registrou”, disse.
Segurança reforçada
Rebelo também negou que o governo tema a ocorrência de protestos ou ataques criminosos no Brasil durante a Copa do Mundo. Afirmando que ninguém está livre de sofrer um atentado, o ministro citou exemplos de problemas registrados em outros países que foram sedes de edições do torneio de futebol ou das olimpíadas.
“Atletas que participavam das Olimpíadas de Munique foram sequestrados quando estavam dentro da Vila Olímpica. Na Olimpíada de Atlanta, um atentado também terminou com vítimas fatais nos Estados Unidos. Recentemente, na Rússia, antes da realização dessas Olimpíadas de Inverno, houve também atentados em estações ferroviárias de grandes cidades do país. Antes das Olimpíadas de Pequim, houve movimentações importantes em cidades chinesas. Em Londres, a periferia foi incendiada de manifestações”, exemplificou.
Caso qualquer evento desse tipo ocorra no Brasil, Rebelo disse que o aparato de segurança pública tem condições de resolver.
“O que nós procuramos no Brasil é garantir a segurança pública da nossa própria população e assegurar a proteção das delegações e dos turistas. Nós temos um aparelho de segurança preparado e que está sendo reforçado e treinado. Não vejo esse aspecto como algo que o Brasil não tenha soluções”, disse.
Benefícios
Rebelo disse que Cuiabá já colhe os benefícios da Copa do Mundo, sendo apontada pela própria Fifa como a cidade-sede que tem o melhor projeto de legado pós-mundial.
“Acho que esses benefícios já apareceram na forma de empregos, de projeção da cidade. Cuiabá já é hoje uma cidade mais conhecida no Brasil e no mundo por ser uma das cidades-sede da Copa. Mato Grosso é um estado representativo da geografia, da cultura, tem um bioma único do planeta e tem uma cidade que é uma conquista civilizatória do Brasil”, afirmou.
Para o ministro, o Brasil acertou ao escolher 12 cidades como sedes do Mundial de futebol, não concentrando o torneio apenas nas cidades que já têm tradição por receber competições esportivas.
“Acho que o Brasil esteve certo quando decidiu fazer a Copa em 12 cidades de todas as regiões do Brasil, porque não podíamos fazer uma Copa do Sudeste ou do Sul do Brasil. Tínhamos que fazer uma Copa de todo o Brasil”, disse.
Da Redação em Brasília
Com informações da MídiaNews