Deputado elogia reabertura de inquérito do caso Riocentro 

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) parabenizou, em discurso no Plenário da Câmara, o Ministério Público Federal (MPF) por ter reaberto o inquérito para apurar os crimes cometidos no Riocentro. Após dois anos de investigação, o MPF denunciou seis pessoas, cinco militares e um delegado de polícia. 

“Um dos indiciados pelo Ministério Público é o ex-secretário de Segurança Pública da Bahia, na época, secretário do Sr. Paulo Souto, que quer ser governador do estado. E a Bahia não pode trazer para governar aqueles que criaram o terrorismo no Brasil”, protestou Teixeira.

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O ministério pediu para ele (general de Exército Edson Sá Rocha, chefe da Seção de Operações do Destacamento de Operações de Informações (DOI), uma pena de dois anos e seis meses de prisão. Ele já havia sido acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público da Bahia, em 2008”, afirmou Amauri.

Em 30 de abril de 1981, véspera do Dia do Trabalho, um show reuniu 20 mil pessoas no Riocentro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O evento acabou entrando para a história pelo lado trágico, com a explosão de duas bombas no local. A primeira bomba explodiu dentro de um carro, ferindo o capitão Wilson Luís Chaves Machado e matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário. A segunda explodiu na casa de força do Riocentro, sem causar vítimas.

O atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara