Diplomatas da China e Coreia do Sul discutem questões regionais

O vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Liu Zhenmin encontrou-se nesta sexta-feira (21), em Seul, na Coreia do Sul, com o chanceler adjunto Lee Kyung-soo. Os dois trocaram opiniões sobre as relações bilaterais e sobre a situação na Península Coreana, que será cenário de um exercício militar entre as Forças Armadas sul-coreanas e estadunidenses a partir da próxima semana.

Liu elogiou os resultados obtidos sobre a situação da Península Coreana e a atenuação das tensões nas relações entre Coreia do Sul e República Popular Democrática da Coreia (RPDC), com a recente decisão de garantir a reunião entre famílias separadas durante a guerra de 1950-1953, como um fator da aproximação entre os dois países, apesar do ensaio de guerra.

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Segundo o vice-chanceler chinês, a situação do Nordeste da Ásia é complicada e ainda existem vários fatores incertos na questão da península. Ele acrescentou que os dois lados deverão se esforçar pela estabilidade regional, embora o governo da Coreia Popular ressalte frequentemente que o papel dos Estados Unidos e a aliança militar da Coreia do Sul com o país norte-americano sejam barreiras fundamentais.

A Coreia do Sul agradeceu à parte chinesa pelos esforços pela paz e estabilidade da península e disse que deseja continuar a comunicação e a cooperação com a China para a concretização da desnuclearização da Península Coreana.

As duas Coreias têm discutido esta questão em impulsos pontuais, frequentemente bloqueados devido à recusa sul-coreana em suspender a cooperação militar com os EUA, vista como ameaça e provocação pela Coreia Popular.

Nas últimas semanas, o líder norte-coreano emitiu diversos comunicados instando a sua contraparte a dar prioridade aos esforços diplomáticos de reaproximação em detrimento dos exercícios militares a serem realizados com os EUA, a partir da próxima semana.

Embora a Coreia do Sul tenha recusado a proposta norte-coreana, os dois países concordaram sobre um novo encontro, enquadrado como um programa diplomático “humanitário”, entre famílias separadas desde a guerra da década de 1950.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional