Redução da pobreza na China reflete incentivos socioeconômicos

O número de chineses vivendo abaixo da linha de pobreza diminuiu 16,5 milhões em 2013, para 82,49 milhões, anunciou o Gabinete Nacional de Estatísticas da China nessa segunda-feira (24). No conjunto, os chineses que vivem com menos de 2.300 yuanes (R$ 898,00) por ano correspondem agora a 6% da população do país, enquanto o governo anuncia programas sociais e de impulso ao desenvolvimento em diversas regiões do país.

China - Xinhua

De acordo com o gabinete, o rendimento anual disponível per capita entre a população urbana (53,73% do país) cresceu 7% em relação a 2012, para 26.955 yuanes (R$ 10.274,00). Nas zonas rurais, a subida foi maior (9,3%), mas o rendimento continua muito aquém do que se ganha nas áreas urbanas: apenas 8.896 yuanes (R$ 3.403,00).

Por isso, um plano anunciado no início do mês pelo governo foca o impulso ao desenvolvimento de diversas províncias da região mais carente do país. Em janeiro, o Gabinete para Eliminação da Pobreza do Conselho de Estado da China anunciou que o país vai envidar mais esforços para enfrentar o desafio da pobreza, com os programas sociais desenvolvidos pelo governo.

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De acordo com a Comissão Estatal para o Desenvolvimento e Reformas, em 2014 a China também vai elaborar os documentos políticos sobre aprofundamento da promoção do desenvolvimento do oeste do país. Além disso, o governo também pretende apoiar as zonas internas e fronteiriças da região para fortalecer o desenvolvimento sustentável da economia nacional.

Conforme padrões chineses, no total, 250 milhões de pessoas saíram da pobreza. E conforme padrões internacionais, o número é de 660 milhões de pessoas. O governo chinês também tem se comprometido a dedicar mais esforços na construção de infraestrutura na zona rural, resolvendo questões relacionadas diretamente à população, a fim de reduzir ainda mais a pobreza.

Atualmente, a população chinesa empobrecida é estimada em 100 milhões de pessoas na zona rural, mas a política de reforma e abertura, o trabalho de eliminação da pobreza tem obtido êxitos consideráveis, afirmou o gabinete.

Analistas internacionais também têm reconhecido o êxito, neste sentido, da política de reforma econômica e de modernização governamental do sistema político socialista, em um processo sem precedentes na história, aprofundado como prioridade do presidente Xi Jinping.

Nas últimas três décadas, a economia chinesa cresceu, em média, cerca de 10% ao ano, tornando-se a segunda maior do mundo, depois dos Estados Unidos. Contudo, a China continua a assumir-se como país em desenvolvimento, com um Produto Interno Bruto per capita de cerca de US$ 6 mil (R$ 14 mil).

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências