Rússia denuncia impunidade e violência fascista na Ucrânia

A Chancelaria russa reiterou nesta segunda-feira (10) sua preocupação pela atuação impune e sem limites do partido Setor Direita, de extrema-direita e neofascista, nas regiões do leste e sul da Ucrânia, para semear o terror e a violência.

De acordo com a nota do Ministério de Exteriores, grupos mascarados abriram fogo no último dia 8 contra manifestantes pacíficos na cidade ucraniana de Khárkov.

A imprensa comunicou também que ativistas em Sebastopol repeliram ações similares de ultranacionalistas.

Surpreende, adverte a chancelaria, o silêncio vergonhoso de nossos sócios ocidentais, das organizações defensoras dos direitos humanos e dos meios de imprensa do Ocidente, diante das vítimas entre a população civil por causa da violência dos ultranacionalistas, enquanto a polícia ucraniana detém jornalistas russos.

"Onde está o apego à objetividade e o tão falado compromisso com a democracia?", criticou a sede diplomática.

Ao mesmo tempo sublinhou a preocupação da Rússia pela impunidade e a anarquia que reina nas regiões do leste ucraniano como resultado das ações de elementos do Setor Direita, amparados pelas autodenominadas novas autoridades desse país, enfatiza a nota difundida nesta segunda-feira através dos canais federais.

O Comitê Nacional de Investigação de Rússia decretou na semana passada uma ordem de captura internacional contra o chefe de Setor Direita, Dmitri Yarosh por defender publicamente ações violentas e de terrorismo no território russo.

Há dois dias o serviço de imprensa do grupo neofascista anunciou que Yarosh prevê candidatar-se às eleições presidenciais da Ucrânia, programadas para o dia 25 de maio.

Além disso, a chancelaria denunciou violações da parte ucraniana dos acordos bilaterais sobre cooperação transfronteiriça, na negativa de entrada de cidadãos russos a esse território.

Neste fim de semana, em numerosas cidades do leste da Ucrânia, como Khárkov, Donetsk e em Kherson ocorreram manifestações pacíficas exigindo a renúncia do novo governo instalado em Kiev depois de um golpe de Estado anticonstitucional contra o presidente legítimo Víktor Ianukovitch.

Também em Sebastopol (no sul) milhares de ativistas apoiaram a celebração de um referendo, da mesma forma que na Crimeia, e a unificação com a Rússia.

Fonte: Prensa Latina