Othelino cobra explicações sobre escola precária em Codó

 O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) cobrou do prefeito de Codó, Zito Rolim (PV), na sessão desta terça-feira (11), explicações sobre a educação no município e, principalmente, quanto ao caso da escola Divina Providência que funciona de forma precária sem banheiro, energia, cadeiras inadequadas, etc, merecendo destaque negativo do Fantástico da rede Globo, no último domingo (09).

 Na tribuna, Othelino citou dados de matéria publicada no blog do jornalista Clodoaldo Corrêa para demonstrar que não existe explicação plausível para o que acontece com a escola Divina Providência, mostrada em rede nacional pelas péssimas condições. Segundo o deputado, com base em pesquisa realizada, o município de Codó, em 2013, recebeu só do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) R$ 60.511.992,79 (mais de R$ 60 milhões).

Segundo Othelino, é preciso fazer uma cobrança ao prefeito de Codó para que ele se explique porque os números do Fundeb são públicos e os repasses realizados colocam a Prefeitura numa situação difícil para esclarecer o porquê das condições daquela escola municipal. “Será que, com esses recursos, não dava para colocar aquela escola para funcionar em condições mínimas?”, indagou o deputado do PCdoB.

Condições precárias

Para o deputado, não há como explicar porque Codó, que é o sétimo maior município do Maranhão, que recebeu R$ R$ 60.511.992,79 só do Fundeb, deixou uma escola ficar naquela situação com crianças assistindo aula naquelas condições e utilizando o mato como banheiro.

“Para se fazer justiça, a crítica não é direcionada ao secretário de Educação, que não tem culpa desse descalabro que virou o governo do Estado, mas ao modelo politico que empobreceu o Maranhão e que é, sem duvida nenhuma, o culpado pelos os indicadores sociais negativos”, disse Othelino Neto.

De acordo ainda com Othelino, a escola poderia ter recebido recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que é pequeno, mas que, diante do estado de pobreza, teria dado, por exemplo, para colocar o piso ou talvez para comprar as carteiras. Ao todo são 36 alunos, mas a escola deixou de receber por não ter instalado o Conselho Escolar, que é exigência da legislação. R$ 2.160,00 também não chegaram à instituição.

“Isso não resolveria o problema. Claro que não, mas resolveria uma parte do problema, diminuiria o desconforto daquelas crianças, daqueles professores. Então, eu resolvi trazer o assunto novamente só para deixar claro que o governo, como eu já disse e repito, o grupo político que comando o Maranhão, é responsável e culpado pela pobreza do Estado”, disse Othelino.