Governo divulga portaria para migração de rádios AM para FM  

O Ministério das Comunicações definiu, esta semana, as regras para a migração das emissoras AM para a faixa FM. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, assinou a portaria que define como os radiodifusores devem proceder para pedir a mudança da frequência e a forma como os processos vão ser analisados pelo ministério e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).  

As regras são aguardadas com ansiedade pelo setor, segundo o presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP), Márcio Villela. “É um marco muito importante para a radiodifusão nacional, porque vai justamente apresentar quais serão as regras para a migração, uma demanda extremamente importante para que as emissoras AM recuperem sua competitividade de mercado”.

A transmissão na faixa FM vai melhorar a qualidade do som que chega até o ouvinte, sem a interferência de ruídos de outros aparelhos. Com isso, a expectativa do setor é ampliar a fatia de participação no mercado publicitário e, com o aumento de receita, investir na qualidade e na diversidade do conteúdo.

Para o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), que recebeu representantes do setor de radiodifusão na terça-feira (11), em Brasília, a migração para FM atende às novas exigências dos ouvintes e da tecnologia digital.

“O ministério faz aquilo que é um sonho do radiodifusor que estava na faixa AM com baixa qualidade. Significa qualidade, fatia de mercado, qualidade no som e, fundamentalmente, cidadania, porque quando você tem um maior número de pessoas, de veículos de comunicação informando, você tem uma diversidade de informações. É o que faz com que a democratização da mídia aconteça na prática”.

A expectativa é que, no Paraná, 100% das emissoras que operam em AM migrem para a faixa de FM. Para atender a necessidade de investimentos, o setor conseguiu obter uma linha de crédito exclusiva, junto à agência de fomento do estado, para a compra de equipamentos, modernização dos estúdios e qualificação de seus profissionais.

De acordo com o presidente da AERP, Márcio Villela, a média para cada emissora deve ficar entre R$200 e 300 mil, variando de acordo com a potência da rádio e de sua localização geográfica. Além disso, o BNDES também deve oferecer uma linha de crédito para permitir essa troca de sistemas de transmissão de sinal, que inclui transmissores, antenas e equipamentos auxiliares.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara