Centro de Direitos Humanos e UFT promovem Seminário sobre 64
Nos dias 31 de março e 1º de abril, no Auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins acontecerá o seminário “1964, 50 anos depois: Ditadura no Brasil, para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”.
Publicado 24/03/2014 15:48 | Editado 04/03/2020 17:21
O evento é organizado pelo Centro de Direitos Humanos de Palmas, em pareceria com a Universidade Federal do Tocantins, o Instituto de Pesquisa em Direito e Movimentos Sociais, o grupo de pesquisa e extensão “Repressão e Resistência à ditadura militar no Tocantins”, o Conselho Estadual de Direitos Humanos, e o Comitê Memória, Verdade e Justiça do Tocantins.
A atividade contará com palestras, oficina e filme-debate, que pretendem discutir com a comunidade acadêmica, movimentos sociais e a população em geral, os impactos sociais do golpe civil-militar de 64 e os 21 anos de ditadura que se seguiram. Também será feita uma abordagem da história do estado, em mesas redondas que tratarão da Guerrilha do Araguaia, um dos momentos mais violentos da ditadura militar, ocorrido nos estado do Tocantins, Pará e Maranhão.
As secretarias municipal e estadual de educação possibilitaram a participação de professores de todas as escolas de Palmas no evento, garantindo assim amplo debate sobre este tema na rede pública de ensino. A participação dos professores será uma prévia do lançamento de cartilha sobre a ditadura militar no estado do Tocantins, prevista para o segundo semestre, também parte do projeto do Centro de Direitos Humanos.
Segundo Patrícia Barba Malves, coordenadora do projeto, “Discutir e esclarecer o que foi o golpe civil-militar de 64 é essencial no atual momento, quando vemos na grande mídia diversas manifestações que apoiam a ditadura vivida pelo Brasil, a despeito das mortes e violações de diretos humanos praticadas no período”. As atividades que ocorrerão no Tocantins integram ainda calendário nacional de atividades da Rede Brasil Memória, Verdade e Justiça, em virtude dos 50 anos de golpe.
O evento será gratuito e aberto a toda a comunidade. Será fornecido certificado de participação. Maiores informações pelo telefone 3215-3309, ou pelo email [email protected].
Programação:
(certificado: 20h)
31/03 – Segunda-feira
18:00 – Credenciamento
19:00 – Mesa de Abertura
19:30 – Palestra “O Golpe Civil Militar 50 anos depois” (Dr. Antônio Rago Filho – PUC/SP)
01/04 – Terça-feira
08:30 às 09:30 – Palestra “O Histórico da Guerrilha do Araguaia no Norte Goiano, Pará e Maranhão.” (Prof. Dra. Patrícia Mechi – UFT)
10:00 às 11:00 – Palestra “Guerrilha do Araguaia, Lei de Anistia e a condenação pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.” (prof. Me. Aline Salles – UFT)
11:00 às 12:00 – Debate
14:00 às 16:00 – Oficina “A ditadura civil-militar brasileira nas representações da grande imprensa: a batalha da Maria Antônia e a Copa do Mundo de 70.” ( IPDMS e Grupo de Pesquisa e Extensão “Repressão e resistência à ditadura no Tocantins” )
19:30 – Filme Debate “O dia que durou 21 anos” (Grupo de Pesquisa e Extensão “Repressão e resistência à ditadura no Tocantins”)
Fonte: Conexão Tocantins