Câmara fará sessão para homenagear resistência e não a ditadura 

O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), cedeu aos apelos dos partidos de esquerda, como o PCdoB, e decidiu que acolherá o requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) para a realização de uma sessão solene para homenagear a resistência à ditadura militar. A sessão ocorrerá no dia 1º de abril, às 9h30. Ao mesmo tempo, negou o requerimento do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que queria homenagear a ditadura. 

O presidente da Câmara disse que não poderia acolher um requerimento “para exaltar a ditadura”. Segundo ele, "esta Casa não poderia fazer isso de jeito nenhum porque foi perseguida, brutalmente atingida pela revolução, seus membros cassados, essa casa fechada, portanto, estou indeferindo."

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Em sua conta no twitter, Alves afirmou: “A Câmara não pode homenagear um regime que fechou três vezes esta Casa e cassou 173 parlamentares”, destacando que sua decisão teve apoio integral dos líderes.

O anúncio foi feito durante a reunião dos líderes partidários, nesta terça-feira (25). O requerimento da deputada pede a realização da sessão para homenagear “civis e militares que resistiram à ditadura”.

Já Bolsonaro havia apresentado um requerimento para a realização da sessão solene em homenagem a ditadura, afirmando que o regime instaurado em 1964 teve amplo apoio social e “que possibilitou, ao longo de 20 anos a consolidação da democracia”.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara