CEDIM homenageia mulheres que combateram a ditadura militar

O CEDIM – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – e a Sub-Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres do Rio de janeiro, no contexto dos 50 anos do Golpe Militar no Brasil (1964-1985) realizou, nesta segunda-feira (31/03), o evento em homenagem às mulheres que participaram da luta contra a ditadura.

A solenidade “As mulheres na resistência à ditadura” aconteceu no Espaço Cultural do CEDIM, localizado na Rua Camerino, 51, no Centro da capital fluminense. O início do evento aconteceu por volta das 18h30. 
 

A mesa da solenidade foi composta pela Sub-secretária Estadual de Políticas para as mulheres, Marta Dantas; pela Sub-secretária municipal de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro, Helena Piragibe; da historiadora Maria Claudia Ribeiro; da escritora Clara Machado; Marcilene Souto, Secretária de Políticas para as Mulheres de Niterói; da deputada estadual Inês Pandeló e a representante do CEDIM, Conceição Santos. 
 

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O evento destacou, em 2014, dezesseis bravas companheiras que dedicaram suas vidas pela redemocratização do Brasil. Dentre elas estão 4 grande militantes comunistas, que tiveram um papel importantíssimo na luta pela redemocratização do país: Ana Rocha (Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro); Dilceia Quintela, dirigente estadual do PCdoB e Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia de Belford Roxo; a advogada Aglaete Nunes e, in memorian, a grande militante comunista Elza Monerat. 
 

A homenageada Ana Rocha fez questão de salientar a importância do momento: 
 

“Essa descomemoração dos 50 anos do golpe tem essa marca muito grande da defesa da democracia. Esse evento hoje é simbólico no sentido de valorizar a democracia, pois quem viveu a ditadura, viveu os anos terríveis que o Brasil passou, as torturas, exílios e desaparecimentos, sabe que não se pode esquecer o que vivemos. Não no sentido da lamúria, mas no sentido de consolidar a democracia e de um futuro de igualdade e liberdade para o povo brasileiro. E o avanço das mulheres está muito ligado à democracia, então para nós mulheres é muito caro a defesa da democracia. Democracia, seu nome é mulher”, finalizou Ana Rocha. 
 

A comunista Dilceia Quintela também fez questão de valorizar a importância do momento e do resgate histórico desse período tão tenebroso da história: 
 

É importante esse momento para que nunca esqueçamos o que representou o golpe militar em nosso país. E essas homenagens, como a de hoje, tem uma importância de relembrar o que aconteceu para não deixar acontecer nunca mais. E é necessário, principalmente que a nossa juventude, tome conhecimento no sentido de preservar cada vez mais a democracia, por que, como diz a música, essa página infeliz da nossa história não podemos nunca mais repetir”, afirmou Dilceia. 
 

Ana cedim

As mulheres homenageadas na solenidade foram: 
 

Aglaete Nunes – Ana Rocha – Arly Amorim – Dilcéia Quintela – Elza Monneratt (in memoriam) – Fernanda Carísio – Glória Marcia Percinoto – Jessie Jane – Luiza Martins – Margarida Pressburger – Maria Augusta – Guta (in memoriam) – Maria Célia Vasconcelos – Maria Prestes – Regina Toscano – Victória Grabois – Zulmira Batista.