Jornalistas que revelaram espionagem dos EUA são premiados

Uma universidade de Estados Unidos entregará nesta sexta-feira (11) um prêmio aos repórteres que cooperaram com Edward Snowden para fazer públicas as operações de espionagem em massa da polêmica Agência de Segurança Nacional (NSA) e seus aliados.

O centro acadêmico de Long Island incluiu os estadunidenses Glenn Greenwald e Barton Gellman, bem como os britânicos Ewen MacAskill e Laura Poitras, entre os 30 ganhadores do prêmio anual George Polk, que reconhece o talento, destaque e a coragem de jornalistas nacionais e estrangeiros.

A colaboração desses profissionais – do diário estadunidense The Washington Post e do britânico The Guardian – permitiu que em junho Snowden revelasse detalhes da espionagem da NSA nas telecomunicações a nível doméstico e também a governantes, empresas e cidadãos de 35 países.

O jovem, um ex-terceirizado da agência, disse que essa entidade junto a outras 16 instituições de inteligência, 1.271 organizações governamentais e 1.931 empresas privadas estadunidenses e de outras nações coletam dados sob o pretexto de combater o terrorismo e cuidar da segurança nacional do país.

A universidade de Long Island criou o prêmio em 1949 para honrar o trabalho de Polk, um correspondente da cadeia de emissoras CBS, que foi assassinado enquanto cobria a guerra civil na Grécia.

Nesta jornada também será concedido o prêmio a outros 26 profissionais de 15 meios de comunicação que em 2013 realizaram trabalhos de impacto sobre temas como a pobreza infantil nos Estados Unidos, a corrupção de servidores públicos federais e o assassinato em massa de afegãos pelas tropas norte-americanas, entre outros.

A cerimônia terá lugar durante um almoço no hotel The Roosevelt Hotel de Manhattan, Nova York.

Fonte: Prensa Latina