Aécio e Eduardo acusam PT de “terrorismo” e “ameaças”

A presidenta Dilma Rousseff foi alvo de duros ataques dos pré-candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Numa demonstração de que a temperatura política está em elevação, os dois políticos chegaram a dizer que o PT está praticando “terrorismo” e “ameaças”, em um ato público com prefeitos de todo o país realizado em Brasília na última quarta-feira (14).

Comercial do PT - Não podemos voltar atrás - Reprodução

Tanto Aécio Neves como Eduardo Campos reagiram de forma destemperada à propaganda política que o partido da presidenta Dilma está veiculando no horário gratuito de rádio e TV. Os líderes do consórcio oposicionista não se conformam com o fato de a publicidade do PT, tal como já fizera a do PCdoB, alertar para o perigo do retrocesso que suas candidaturas representam.

O que está sendo mostrado na TV pelas peças publicitárias do PT é algo evidente, que o Brasil está diante de uma encruzilhada, que se a presidenta Dilma não for reeleita, os programas sociais serão liquidados, o povo voltará a passar fome, o país cairá na recessão e na dependência, com desemprego e cortes de direitos.

Revoltados, Aécio Neves e Eduardo Campos fizeram discursos agressivos e demagógicos. Disseram que o programa Bolsa Família e demais programas sociais “não são conquista de partido nenhum”, numa inútil tentativa de negar que programas sociais da envergadura dos que estão em vigência só foram implantados a partir da eleição de Lula em 2002 e só têm continuidade na vigência de um governo como o da presidenta Dilma.

O senador tucano Aécio Neves chegou a ficar descontrolado e dizer que era “criminosa” a postura do governo federal em relação à segurança pública.

Aécio e Campos fizeram críticas demagógicas à gestão fiscal do governo federal e defenderam a redução do gasto público (arrocho fiscal). O tucano propôs acabar com o PIS e o Pasep, tributos que têm finalidades sociais.

Contradições

O partido Solidariedade anunciou na última terça-feira (13) o apoio à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. Seu líder, o deputado Paulo Pereira da Silva, apelidado de “Paulinho da Força”, propôs o nome do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, para ser vice de Aécio. O deputado é um estridente crítico do governo das forças progressistas. Na festa do 1º de Maio organizada pela Força Sindical em São Paulo, usou palavras e gestos obscenos durante seu discurso contra o governo da presidenta Dilma.

A proposta do Solidariedade demonstra uma renhida luta entre os apoiadores de Aécio Neves para ocupar o posto de candidato a vice-presidente na chapa. Além de Miguel, outros cinco nomes são cotados para compor com Aécio: os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP), José Agripino (DEM-RN) e Ana Amélia (PP-RS), a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) e o ex-governador de São Paulo José Serra.

Da Redação do Vermelho