Rússia exige libertação de dois jornalistas capturados na Ucrânia

Andrey Kelin, representante permanente da Rússia para a OSCE, disse que entrou em contato com o representante suíço (já que a Suíça detém o posto rotativo de presidente da organização) e pediu que “tome medidas imediatas para a libertação dos jornalistas”, de acordo com a agência de notícias Itar-Tass.

O governo interino da Ucrânia, que assumiu após o golpe de fevereiro deste ano, reconheceu que os Sidyakin e Saichenko foram detidos pelos militares ucranianos. A última vez que os dois entraram em contado com os editores da LifeNews foi na manhã de domingo, quando chegaram ao posto de controle militar na entrada da cidade oriental de Kramatorsk.

Várias horas depois, uma foto dos dois repórteres algemados foi postada nas redes sociais. Fontes locais reconheceram o local na imagem como o território do aeroporto militar próximo à cidade, de acordo com a LifeNews.

Os proprietários do portal apelaram ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, pedindo ajuda para a libertação dos jornalistas. Os dois estavam desempenhando o seu trabalho, cobrindo os eventos no leste da Ucrânia, quando “desapareceram”, segundo a emissora. A única mensagem que Sidyakin conseguiu enviar, pelo celular, foi: “as coisas parecem feias.”

Depois de receber a mensagem, o escritório telefonou para Sidyakin, que aceitou a chamada, mas não pôde falar, mantendo o telefone conectado, para que se ouvisse que os dois jornalistas estavam sendo interrogados. Depois disso, todas as tentativas de entrar em contato com a dupla foram em vão.

Um homem que acompanhava os jornalistas confirmou que eles estavam sendo interrogados por homens armados, provavelmente militares de Kiev. Sidyakin e Saichenko também já tinham sido alvo de disparos do Exército ucraniano na semana passada, junto com a equipe de vídeo da emissora Russia Today.

Sidyakin também cobriu o processo de referendo da independência e reunificação da Crimeia com a Rússia. Enquanto noticiando sobre os confrontos em Kiev, intensificados no fim do ano passado, o jornalista foi vítima de um tiro na perna, mas não deixou de cumprir o seu trabalho.

Em abril, outra jornalista da emissora LifeNews, Kristina Babaeva, foi detida e interrogada por 15 horas pelos militares ucranianos, quando também recebeu chutes e ameaças.

Com informações da Russia Today,
Tradução da Redação do Vermelho