João Felício é eleito para a presidência da CSI

O ex-presidente da CUT João Felício foi confirmado nesta semana como presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), maior entidade global, com 325 filiados em 161 países e 176 milhões de trabalhadores na base; centrais brasileiras com presença na CSI – CUT, Força Sindical e UGT –, juntamente com a CNPL (confederação dos profissionais liberais), se uniram na indicação de Felício. 

Por  Vitor Nuzzi

João Felício - Fonte: portal 247

Professor de História da Arte na rede pública estadual paulista, ex-presidente da Apeoesp (sindicato dos docentes do estado) e da CUT, João Felício foi confirmado nesta sexta-feira (23) como presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), maior entidade global, com 325 filiados em 161 países e 176 milhões de trabalhadores na base, no encerramento do terceiro congresso da central, em Berlim. As centrais brasileiras com presença na CSI – além da CUT, a Força Sindical e a UGT –, juntamente com a CNPL (confederação dos profissionais liberais), se uniram na indicação de Felício.

 
A CSI é resultado da união, em 2006, da Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres (Ciosl), que reunia concepções europeias e norte-americanas, com a Confederação Mundial do Trabalho (CMT), de orientação democrata-cristã. Surgiu com um slogan conhecido, sobre a humanização da globalização, mas dois anos depois deparou com a crise financeira internacional, que provocou aumento do desemprego, perda de direitos e enfraquecimento do movimento sindical, especialmente nas economias mais desenvolvidas. Enquanto isso, o capital se unifica e conta com o apoio das maioria dos governos, observa Felício.
 
Para ele, uma das prioridades da próxima gestão é intensificar as ações globais, garantindo que as bases implementem as resoluções. Se a gente quiser concretizar aquilo que a esquerda sempre falou, que a classe operária internacional, é preciso ter mais lutas internacionais", afirma. Felício também defende o papel da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que no seu papel de humanizadora das relações trabalhistas, por meio de convenções, estaria sofrendo ataque "brutal" de vários países, inclusive dos Estados Unidos. "A eles não interessa uma OIT forte."
 
Fonte: Rede Brasil Atual / portal 247