EUA enviam drones capazes de espionar China e Coreia ao Japão

A Força Aérea dos Estados Unidos enviou dois dos seus aviões não-tripulados (drones) mais avançados, Global Hawk, para a sua base no norte do Japão. O propósito dos drones é guardado como segredo, mas suas características os tornam capazes de espionar a China e a República Democrática Popular da Coreia (RPDC), segundo um relatório divulgado ainda em maio.

Drone EUA - Reuters/U.S. Navy

Os drones US Global Hawk (Falcão Global) permanecerão na base aérea de Misawa, localizada 590 quilômetros a noroeste de Tóquio até outubro, quando terminar a temporada de tufões na base permanente dos veículos, na ilha de Guam, no oeste do Pacífico.

As informações foram dadas pelo tenente-general das Forças dos EUA no Japão, Sam Angelella, à Associated Press (AP). O comandante estadunidense recusou-se a comentar as atividades exatas dos drones, que têm uma altitude operacional de até 18,3 quilômetros e pode voar por mais de 24 horas. Do Japão, pode monitorar facilmente áreas do continente asiático, inclusive as vizinhas China e Coreia Popular.

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Angelella informou que os drones Global Hawk foram usados em missões humanitárias, como no tsunami do Japão, em 2011, e no ciclone nas Filipinas, em 2013, mas também foram empregados em operações militares no Iraque e no Afeganistão.

O primeiro drone foi enviado à base no Japão ainda no final de maio, enquanto o segundo chegou em Misawa nesta quarta-feira (4), mas ambos devem iniciar operações no início deste mês, na região Ásia-Pacífico.

Além disso, o governo do Japão está planejando comprar três drones do mesmo modelo. Enquanto isso, a presença de veículos aéreos não tripulados no país ainda não tem regulação clara. As únicas diretrizes existentes afirmam que os veículos só podem voar a uma altitude de 150 metros, sobre áreas não habitadas.

Em abril, residentes locais protestaram diante da base área estadunidende em Misawa, contra o envio dos drones dos EUA. Entretanto, sua manifestação foi relativamente pequena em comparação com a realizada no sul da ilha japonesa de Okinawa, onde estão mais de metade dos 47 mil soldados norte-americanos e suas famílias.

Com informações da Russia Today,
Tradução da Redação do Vermelho