PSB de Campos apoia o conservador Geraldo Alckmin em SP

O diretório paulista do PSB aprovou nesta sexta-feira (6), por unanimidade, o indicativo de aliança com a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Os tucanos estão no comando do Estado há 20 anos e Alckmin tenta seu quarto mandato no governo paulista.

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Dirigentes do PSB defendem o nome de Márcio França para vice-governador na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, apesar da resolução não ser definitiva quanto ao cargo que o partido ocupará ao lado de Alckmin. Com essa aliança, pode sair uma indicação à vice na chapa, ou ao Senado. O nome de José Serra (PSBD) também é cotado para a disputa ao Senado.

Entretanto, tem ainda o PSD de Gilberto Kassab que está com as negociações bastante avançadas para ocupar a vaga de vice do tucano. A aliança de Kassab com Alckmin ainda está em aberto, na medida em que o ex-prefeito paulista apoia Dilma para a reeleição à presidência.

Contra vontade

A formalização deste apoio desagradou aliados da ex-senadora Marina Silva no estado, que defendiam uma candidatura própria para fortalecer a chapa nacional encabeçada por Eduardo Campos.

Antes da votação, o porta-voz do grupo político Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, atacou a aliança com o PSDB em São Paulo e disse que seria “uma contradição muito grande” defender “o vento da mudança” no plano nacional e aliar-se ao PSDB em São Paulo. “Há um esgotamento do PSDB em São Paulo. O atual governo se esgotou”, disse.

Decisões

A decisão ainda será referendada na convenção. Dos 156 integrantes do diretório, 132 estavam presentes e votaram a favor da aliança. Em relação ao conteúdo do texto, que trazia inclusões de temas genéricos para um futuro programa de governo do PSDB, houve três votos contrários.

Apoio declarado do PSB-SP a Alckmin

Em fevereiro deste ano, o PSB-SP foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRT-SP) e perdeu cinco minutos no rádio e outros cinco na televisão do tempo destinado à propaganda política em forma de inserções estaduais, pois o tribunal considerou que a legenda fez propaganda antecipada do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O desembargador Antônio Carlos Mathias Coltro, considerou que as peças destinaram-se mais a projetar a imagem de Alckmin do que a falar sobre o próprio PSB. "A propaganda ressaltou as qualidades pessoais [do governador] em detrimento do partido [PSB]", concluiu o desembargador. Ele foi seguido por todos os outros integrantes do tribunal.

Além de Alckmin, os principais nomes em disputa ao governo de São Paulo, são o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB).

Da redação do Vermelho,
Com agências