Obama analisará a situação no Iraque com líderes do Congresso

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, analisará com líderes do Congresso nesta quarta-feira (18) a complexa situação que o Iraque atravessa, em que várias cidades do país se encontram em poder de milícias islâmicas unidas à Al-Qaida.

Sectarismo xiita-sunita promove ampla destruição no Iraque

Segundo a Casa Branca, o presidente conversará com o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid; o da minoria conservadora, Mitch McConnell; e também com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e com a líder da minoria democrata na instituição referida, Nancy Pelosi.

A reunião que será na casa do governo, ocorrerá após Washington ter enviado cerca de 300 militares para o Iraque para garantir a segurança do corpo de sua embaixada em Bagdá, ainda que o governante insiste em dizer que não está tentando enviar tropas terrestres para combater os guerrilheiros.

O governo de Obama estuda dar uma ajuda de mais envergadura ao governo Iraquiano, enquanto a equipe de Segurança Nacional avalia várias opções, incluídos ataques aéreos seletivos para enfrentar a ofensiva do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISLL), que continua avançando para bem perto da capital do país árabe.

A Casa Branca autorizou o envio de um contingente de cerca de 100 integrantes das Forças de Operações Especiais, com a tarefa primordial de treinar e assessorar as enfraquecidas tropas daquele país, já que vários de seus integrantes fugiram de seus postos devido ao temor do avanço dos insurgentes.

Neste sentido, ao redor de 75% dos estadunidenses rejeitam o envio de tropas norte-americanas ao Iraque para conter o avanço das forças islâmicas, revelou uma pesquisa de opinião publicada na terça-feira (18) pela organização Public Policy Polling.

Mais de dois terços dos entrevistados dizem que o ressurgimento da violência nesse país é o resultado de um conflito de vários séculos piorado pela invasão dos Estados Unidos, durante o governo do presidente George W. Bush (2001-2009).

Os Estados Unidos lançaram uma campanha militar contra o governo do então presidente Saddam Hussein em 2003, sob o pretexto da existência de armas de destruição em massa, que nunca apareceram.

Após quase uma década de ocupação militar, as tropas estadunidenses foram retiradas do país abrindo as portas para uma crescente onda de violência, na qual amplas regiões do norte do Iraque estão fora do controle do governo desde que milicianos do ISLL intensificaram ataquem em série nas últimas semanas.

Fonte: Prensa Latina