Após empate e liderança, Costa Rica quer ir mais longe

Chegar às oitavas de final, após ficar em primeiro lugar num grupo que reunia três campeões mundiais, a Costa Rica agora quer ir ainda mais longe na Copa do Mundo. A seleção da América Central somou sete pontos no Grupo D, após vencer Uruguai e Itália e empatar com a Inglaterra, e vai enfrentar a Grécia, a segunda colocado do Grupo C em um duelo eliminatório marcado para o próximo domingo, às 17 horas, na Arena Pernambuco, em Recife (PE).

“Queremos mais, lutamos por mais. É disso que o grupo está convencido, todos na seleção”, disse o técnico Jorge Luis Pinto, colombiano que comanda a Costa Rica, após o empate por 0 a 0 com a Inglaterra, no Mineirão, em Belo Horizonte, nesta terça-feira.

Para ele, o desempenho do time costarriquenho não tem nada a ver com sorte e dá mais confiança para que a equipe busque voos mais altos. “Acredito que a equipe, além dos resultados, mudou o status do futebol na Costa Rica. Isso me dá muito orgulho. Ninguém pode dizer que foi por acaso, por instantes ou por sorte. Nós jogamos bem, a equipe foi muito constante e acredito que isso nos deu a possibilidade de ganhar sete pontos. Vamos entrar com mais disposição (nas oitavas de final). Estamos confiantes por termos sidos líderes do grupo, estamos na briga”, avisou.

Sobre o empate diante dos ingleses, Jorge Luis disse que já esperava por uma partida complicada e até brincou dizendo que a Costa Rica, após vencer dois campeões mundiais, acabou “acostumando mal” os jornalistas. “Enfrentamos uma equipe difícil, agressiva e muito compacta. Não é fácil controlar um jogo assim. Existem jogos que não se ganha, mas que deixam a satisfação de termos feito tudo bem”, explicou.

O orgulho e alegria do povo costarriquenho, que pode ser visto também nas arquibancadas do Mineirão, é algo que enche a seleção de orgulho. “Fico muito feliz. Sei o amor que a Costa Rica tem pelo futebol e fico muito feliz porque estão alegres”, disse Jorge Luis Pinto, descartando, no entanto, qualquer favoritismo nas oitavas de final. “Não nos sentimos favoritos. Temos confiança, segurança, estabilidade e estamos dispostos a entregar isso tudo. Todos estão bem preparados e faremos tudo com o mesmo respeito que tivemos pelos campeões mundiais”, encerrou.

Eleito o melhor jogador da partida no Mineirão, o goleiro da Costa Rica, Keylor Navas, também espera conseguir ainda mais do que já foi conquistado. “Vamos seguir com a mesma mentalidade. Seguimos acreditando nesse grupo. Queremos passar para a próxima fase (quartas de final), o que seria muito lindo para nós e para o nosso país”, disse.

Tristeza e agradecimento

Embora tenha lamentado mais uma vez o adeus antecipado da Inglaterra, o técnico Roy Hodgson fez questão de agradecer aos torcedores britânicos que estiveram no Mineirão, nesta terça, e apoiaram a seleção até o fim. “Ainda estou triste porque foi o nosso último jogo no torneio. Queríamos fazer muito mais. Mas o mais motivacional foi a reação da torcida. Achei que os torcedores foram fantásticos. Ficamos muito gratos por eles por esse apoio”, disse o treinador após o jogo, lembrando que a torcida aplaudiu muito o time após o 0 a 0.

“A gente se sente muito emocionado. Nos últimos dias, tudo o que a gente falou foi o quanto estamos tristes, mas eu preciso dizer que eu não acho que qualquer pessoa poderia sugerir que a equipe não mostrou o espírito correto, comprometimento. Acho que os torcedores perceberam isso, porque no final nos ovacionaram”, agradeceu o comandante inglês.

Mesmo decepcionado, Hodgson acredita que a campanha da Inglaterra deixa alguns pontos positivos para o futuro. “Muitos jovens estavam tendo hoje seu primeiro gosto de uma Copa do Mundo, o que vai ajuda-los muito no futuro. Com 18, 20 anos de idade, a gente não pode dar a eles o que o Gerrard e o Lampard têm, apenas podemos dar a oportunidade de jogar e esperar que cheguem lá”, afirmou, se referindo a jogadores como Jack Wilshere e Ross Barkley.

Fonte: Portal da Copa